Assuntos Sociais

Aprovada validade indeterminada para laudos de deficiência definitiva

Proposta elimina hábito de se exigir laudo recente, mesmo que as limitações sejam de caráter permanente. “Submeter pessoas com deficiência definitiva a avaliações periódicas é, no mínimo, um desrespeito”, disse Rogério Carvalho
Aprovada validade indeterminada para laudos de deficiência definitiva

Foto: Alessandro Dantas

Com apoio do PT no Senado,  o plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (14), o Projeto de Lei (PL 3.660/2021) que prevê validade indeterminada para laudos que atestem deficiência permanente. Para isso, a proposta altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015).

O laudo, ou avaliação biopsicossocial, é peça fundamental para que a pessoa com deficiência tenha acesso a direitos e garantias, como os relacionados a busca de emprego e isenção para compra de veículos ou serviços.

Mas, atualmente, exige-se a apresentação de laudo recente, mesmo que as limitações sejam de caráter permanente.

“É uma crueldade o que fazemos com parte da população que tem uma deficiência comprovada, atestada por uma junta de profissionais e, se é permanente, não tem como mudar, é uma deficiência definitiva. Portanto, submeter essas pessoas com deficiência definitiva a avaliações periódicas é, no mínimo, um desrespeito aos cidadãos e cidadãs”, disse Rogério Carvalho (PT-SE), primeiro-secretário do Senado, ao defender a aprovação da matéria.

Foto: Alessandro Dantas

Apesar do grande avanço garantido pelo Estatuto, a senadora Zenaide aponta que para ter acesso aos seus direitos e garantias, as pessoas com deficiência precisam apresentar laudo recente que ateste sua condição de saúde, mesmo nos casos as limitações sendo de caráter permanente.

“A nosso ver, trata-se de exigência injustificável, que gera grande transtorno para as pessoas com deficiência e seus familiares, notadamente aqueles de baixa renda, habitantes de localidades distantes dos grandes centros urbanos e com dificuldades de acesso à avaliação pericial”, explicou a senadora.

A matéria segue para análise da Câmara dos Deputados.

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