Alessandro Dantas
Jaques Wagner é autor de projeto que cria política de inclusão digital na agricultura
A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou nesta terça-feira (2/10) projeto do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que institui a Política Nacional de Transformação Digital na Agricultura, mirando na modernização do setor agropecuário brasileiro, com ênfase nas pequenas propriedades.
O objetivo principal da proposta é fomentar a inovação e a transformação digital, com ênfase na digitalização inclusiva, sustentável e inovadora do meio rural. O texto busca orientar ações da União em cooperação com estados e municípios, e, crucialmente, com a participação de diversos atores do campo, incluindo produtores e trabalhadores rurais, agricultores familiares, povos indígenas, e comunidades tradicionais.
“Ao garantir acesso à internet, crédito e capacitação, a agricultura familiar terá mais competitividade em mercados digitais. [O projeto] também fortalece práticas sustentáveis e inovação cooperativa, prevenindo que a digitalização se torne um fator de exclusão”, afirmou Jaques Wagner.
O projeto, que seguiu para a Comissão de Ciência e Tecnologia, define conceitos como “agricultura digital” (integração de tecnologias para planejamento, monitoramento e gestão de todas as etapas da produção) e “conectividade rural” (infraestrutura de comunicação essencial).
A proposta é uma resposta direta à crescente desigualdade no campo e busca utilizar as tecnologias digitais como ferramentas poderosas de inclusão, democratização e desenvolvimento sustentável para os mais vulneráveis. “A Lei da Agricultura Digital é sobre justiça social: para que todos tenham acesso a ferramentas como inteligência artificial, drones e big data, para otimizar negócios, ampliar a produção e acessar novos mercados. A proposta traz modernização, inclusão e sustentabilidade, com incentivos fiscais, crédito a juros mais baixos e laboratórios de inovação. Tudo para fortalecer a competitividade do pequeno produtor e levar prosperidade a quem mais precisa”, concluiu Jaques Wagner.
