Alessandro Dantas
Para Teresa Leitão, expansão do ensino superior e interiorização das universidades públicas foram essenciais para o resultado registrado pelo IBGE
A proporção de brasileiros com mais de 25 anos que têm ensino superior completo cresceu 2,7 vezes no Brasil desde 2000, segundo dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta-feira (26/2).
No início do século, 6,8% dos adultos relatavam ter terminado a faculdade. Em 2010, esse percentual subiu para 11,3%. E em 2022, o último dado disponível, chegou a 18,4%.
Além disso, a proporção da população autodeclarada preta com 25 anos ou mais e nível superior completo cresceu 5,8 vezes neste século, saindo de 2,1% em 2000 para 11,7% em 2022.
Já a população parda com esse nível de ensino cresceu 5,2 vezes, saindo de 2,4% para 12,3%. Os brancos com diploma cresceram 2,6 vezes no período, de 9,9% para 25,8%.
Na avaliação da senadora Teresa Leitão (PT-PE), presidenta da Comissão de Educação (CE) do Senado, o crescimento da parcela da população com ensino superior completo indica um impacto positivo dos governos do PT, especialmente na interiorização e na expansão das universidades públicas.
“Uma política que resultou na criação de 18 novas universidades federais e 173 campi universitários, o que fortaleceu o acesso ao ensino de forma mais democrática. Os dados mostram que há uma crescente melhora dos indicadores educacionais, mas que há avanços que precisam ser conquistados”, destacou a senadora.
Ao mesmo tempo, caiu de 63,2% para 35,2% a proporção dos que não têm instrução ou não terminaram o ensino fundamental.
