O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou nesta segunda-feira (15/10) ao chanceler da Palestina, Riad Malki, o empenho do Brasil na busca pela paz e o diálogo no Oriente Médio. Na conversa, Patriota ressaltou que é necessário manter os esforços independentemente das eleições em quaisquer países da região. Malki relatou sobre os ataques a crianças em escolas e a agricultores palestinos que estão na colheita de olivas.
Malki agradeceu o apoio do Brasil ao reconhecimento da Palestina como Estado independente e autônomo. Em vários discursos, a presidenta Dilma Rousseff mencionou o assunto e Patriota tem reforçado o tema
Malki destacou que recebia o brasileiro com alegria e entusiasmo e pediu que seja mantida a cooperação com a Palestina. O chanceler brasileiro tem ainda hoje reuniões com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com o primeiro-ministro Salam Fayyad e o negociador-chefe da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat.
Patriota está
O Brasil defende a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio. É primeira visita de um chanceler brasileiro desde o reconhecimento, pelo país, da Palestina como Estado, em dezembro de 2010.
O chanceler deverá conversar também sobre projetos de cooperação em áreas como saúde, urbanismo e agricultura. As relações econômicas entre o Brasil e a Palestina têm potencial de crescimento, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Em 2011, primeio ano de registro, o intercâmbio comercial foi US$ 15,8 milhões. No primeiro semestre de 2012, chegou a US$ 10,6 milhões. Um acordo de livre comércio Mercosul-Palestina, firmado em 2011, possibilitará o fortalecimento dessas relações, segundo os negociadores brasileiros e palestinos.
Ontem (14), Patriota encerrou a visita a Israel. Na conversa com o presidente israelense, Shimon Peres, ele colocou o Brasil à disposição para mediar a paz no Oriente Médio. Lembrou que o Brasil é país sem inimigos tendo, portanto, condições de colaborar com as negociações para o fim do conflito.
Agência Brasil