Os deputados da Bancada do PT tomaram posse nesta sexta-feira (1), no plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, exigindo a liberdade do ex-presidente Lula e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo que envolve Fabrício Queiroz, ex-assessor da família Bolsonaro. Segurando placas escritas “ Lula Livre” e “CPI do Queiroz”, a maior bancada eleita nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados também manifestou disposição de defender a democracia e os direitos do povo brasileiro.
Após a chamada nominal realizada por integrantes da Mesa Diretora para confirmar o juramento de cumprir a Constituição, os petistas pronunciavam a frase “assim o prometo”, seguida da palavra de ordem “ Lula Livre”. Apesar de terem sido eleitos 56 deputados nas eleições de outubro, na cerimônia desta sexta tomaram posse 54 parlamentares. A diferença ocorre por conta de duas vagas que foram retiradas pela justiça eleitoral da Bahia e do Rio Grande do Norte, mas que ainda estão sendo discutidas em instâncias superiores.
Ao iniciar o quinto mandato consecutivo, o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), destacou a honra de comandar um conjunto de parlamentares aguerridos em defesa do País e do povo brasileiro.
“Essa é a Bancada do PT, do presidente Lula, que defende a democracia, os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, e dos aposentados e das aposentadas. Cada um desses deputados carrega uma história e uma trajetória de defesa do povo trabalhador brasileiro. É um orgulho liderar essa bancada, principalmente neste momento político conturbado, de enormes desafios, que vai exigir de nós muita luta e muita mobilização”, ressaltou.
Sobre os desafios desta nova legislatura para a Bancada do PT, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) – a única entre os petistas que participou da Constituinte de 1988 – ressaltou que entre as prioridades está o resgaste dos direitos cortados e a defesa daqueles sob ameaça.
“Tenho a expectativa, como parlamentar de oposição, de trazer de volta os direitos que o povo brasileiro perdeu no último governo [de Michel Temer] e os que estão sendo ameaçados pelo atual. Espero que a independência dos poderes seja respeitada, e que a Câmara dialogue e vote apenas os temas que o povo brasileiro acha importante”, destacou.