A relação de medidas e projetos de interesse da classe trabalhadora neste ano foram entregues nesta quarta-feira (26) ao 1º vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), e ao líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). O petista se comprometeu a entregar e discutir a pauta das centrais sindicais com o presidente do Senado.
O documento entregue pelas centrais relaciona uma série de propostas e temas que estão em debate no Congresso Nacional. Entre eles, o aumento do valor do auxílio emergencial, a proteção do emprego e salário, a criminalização do movimento sindical, a privatização da Eletrobras e Correios e a igualdade salarial entre homens e mulheres. O texto trata ainda sobre a necessidade de mais vacinas contra a Covid-19.
Para o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), que articulou o encontro, é preciso união dos movimentos sociais e centrais sindicais para que as pautas apresentadas sejam apreciadas no Congresso Nacional.
“A tarefa de brigar por um valor mais alto do auxílio emergencial é fundamental, assim como enfrentar a privatização – agora sendo feita de uma forma mais ‘inteligente’. Estão fazendo privatizações via Medida Provisória, o que torna mais difícil a luta contra os retrocessos no Congresso Nacional. Estão fazendo um processo picado em cada setor. Por isso, é fundamental unir os setores ameaçados”, afirmou o senador petista.
“Entre as tarefas que estão colocadas para as centrais e movimentos, não está apenas a disputa política de 2022. Antes tem as nossas prioridades deste ano, que é o enfrentamento diário de retrocessos à classe trabalhadora, que vê ameaçados os seus direitos e conquistas”, completou.
No próximo dia 8, a bancada do PT no Senado se reunirá com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), durante um almoço. Entre as pautas, está o debate da agenda de prioridades entregue pelas centrais sindicais ao líder Paulo Rocha – como o auxílio emergencial de R$ 600 e a privatização da Eletrobras.
Em nota, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que, “pela primeira vez, de forma unitária, as Centrais Sindicais têm uma proposta de resistência e atuação propositiva junto ao Congresso Nacional, que, neste momento, é traduzida nessa importante Agenda Legislativa”.
Ato contra a fome
O documento foi entregue hoje após ato que reuniu centrais sindicais e movimentos sociais em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, contra a fome e a desnutrição no Brasil, bem como para reforçar o pedido por mais vacinas contra a Covid-19. Entre as demandas do protesto, esteve a pressão pelo aumento e ampliação do auxílio emergencial para o valor de R$ 600 – atualmente, em média, o benefício pago é de R$ 190.
A previsão dos organizadores do evento é doar após o fim do ato três toneladas de alimentos, já recolhidos, e que foram produzidos de forma orgânica por cooperativas de agricultores familiares em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag).
O evento foi presencial e em espaço aberto, mas com respeito a todos os protocolos sanitários para evitar contágio e propagação do novo coronavírus, incluindo distanciamento social.