BC aponta crescimento da atividade no segundo semestre


Índice de Atividade Econômica cresceu 0,42% contra junho deste ano Nos sete primeiros meses deste ano, comparado a 2011, a elevação foi de 1,08%.

O nível de atividade econômica do País iniciou o segundo semestre deste ano em alta de 0,42%, de acordo com as informações divulgadas nesta sexta-feira (14/09) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), que busca antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), somou 142,25 pontos, com crescimento de 0,42% contra junho deste ano (141,66 pontos), embora entre maio e junho o índice tenha registrado variação positiva de 0,61%. Nos sete primeiros meses deste ano, na comparação com igual período de 2011, foi registrada uma elevação de 1,08%

O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar como está a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária. O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica e contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic.

O Copom tem reduzido a taxa básica como uma forma de estimular a atividade econômica e, assim, evitar efeitos da crise econômica internacional. Desde 31 de agosto que o BC tem promovido corte nos juros e hoje a Selic está em 7,5% ao ano.

O Governo também tem adotado outras medidas de estímulo. Nesta semana anunciou a redução do custo da energia elétrica, que cairá 16,2% para os consumidores residenciais e de 19% a 28% para os consumidores industriais. O governo retirou encargos incidentes sobre as tarifas, o que causará impacto positivo sobre a inflação.

Para reativar o setor de infraestrutura, o governo também lançou um amplo pacote de investimentos para duplicação de rodovias e a construção de novos trechos ferroviários, em parceria com a iniciativa privada. Os investimentos imediatos correspondem a quase R$ 50 bilhões e, no longo prazo, serão de R$ 133 bilhões. Na área fiscal, o Ministério da Fazenda anunciou o aumento no limite de endividamento dos estados, para que contratem novas operações de crédito para investimentos em infraestrutura.

Há duas semanas, o governo decidiu manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos e aproveitou para reduzir o IPI de produtos eletrodomésticos e móveis. A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), caiu de 6% para 5,5% ao ano.

Outra medida anunciada ontem diz respeito à desoneração da folha salarial das empresas com mão-de-obra intensiva. Ontem, mais 25 setores ingressaram no novo modelo, que consiste em substituir o recolhimento de 20% da folha salarial para a previdência pelo sistema de faturamento bruto das empresas, cujas alíquotas variam de 1% a 2%.

A economia em ritmo mais lento levou o ministro da Fazenda a explicar que a projeção de crescimento do PIB neste ano caiu de 3% para 2%. Em junho, por sua vez, o BC havia revisado sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%. Para o BC, a economia está em ritmo gradual de retomada do crescimento.

Marcello Antunes com agências

Veja a publicação do Banco Central

 

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