Assistência Social

Beneficiários do Bolsa Família querem emprego decente e renda adequada, diz ministro

Ministro Wellington Dias rebate a falsa alegação de que os beneficiários do programa “não querem trabalhar” e destaca número de vagas de emprego referentes ao CadÚnico

Agência Brasil

Beneficiários do Bolsa Família querem emprego decente e renda adequada, diz ministro

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro

Em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), nesta terça-feira (15/4), o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI), afirmou que os beneficiários do programa Bolsa Família também querem trabalhar em empregos decentes e com renda adequada.

“Quando a gente pega só o ano de 2024, até para mim foi surpreendente, 98,8% das vagas de emprego para o povo do Cadastro Único e do Bolsa Família. Por isso que eu digo que não dá para dizer que esse povo não quer trabalhar. Quer emprego decente, quer uma renda adequada. O Bolsa Família tem um efeito. De primeiro, a pessoa trabalhava por comida, agora ele tem o que comer. É preciso ter uma renda de trabalho e isso faz uma grande diferença”, destacou o ministro.

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Em fevereiro de 2025, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam que 253 mil das 431 mil novas vagas de emprego geradas no Brasil foram oriundas de integrantes do CadÚnico, ou seja, 58,6% do total.

Ainda de acordo com Dias, 5,3 milhões de famílias deixaram a pobreza entre 2023 e 2024, o que representa 20 milhões de pessoas. Segundo ele, parte das famílias que estão no programa também apresenta uma oscilação de renda, o que dificulta que elas possam sair definitivamente do Bolsa Família.

“Se alguém da classe média quer crescer, imagina alguém do Bolsa Família. Quando alguém sai do Bolsa Família é porque triplicou a renda”, argumenta.

Assista abaixo na TvPT a íntegra entrevista do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, ao programa Bom Dia, Ministro

Em abril, o Bolsa Família beneficia mais de 20,4 milhões de famílias em abril, em todos os 5.570 municípios brasileiros, com o pagamento de cerca de R$ 13,7 bilhões, sendo que o valor médio do benefício é de R$ 668,73. O valor chegou a brasileiros de todos os municípios, priorizando o atendimento a mulheres e crianças, além de grupos e populações em maior condição de vulnerabilidade, como indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua. O investimento do Governo Federal foi de R$ 168,3 bilhões.

Impacto positivo na nutrição

O ministro Wellington Dias abordou ainda durante a entrevista o impacto positivo do Bolsa Família na melhoria do estado nutricional de crianças brasileiras de zero a seis anos.

O resultado foi divulgado em estudo feito pela Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, do MDS, que analisou dados de 285 mil crianças e demonstrou avanços importantes em diferentes indicadores.

Um deles é o Índice de Massa Corporal (IMC), com redução nos casos de magreza acentuada, caindo de 4,9% para 3,76%. Os dados mostram também que a prevalência de sobrepeso caiu de 8,17% para 6,51% e a obesidade infantil de 7,9% para 5,4% no mesmo período. Em contrapartida, o percentual de crianças com IMC adequado aumentou de 58,26% para 67,46%, demonstrando um resultado benéfico do programa na promoção de hábitos alimentares saudáveis.

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Durante a conversa, o ministro destacou o desempenho do Acredita no Primeiro Passo, uma iniciativa do Governo Federal para apoiar inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). Até fevereiro deste ano, o programa já havia injetado R$ 726,41 milhões em pequenos negócios no Brasil por meio de empréstimos com taxas de juros mais baixas.

Neste mês também será pago o Auxílio Gás, benefício bimestral extra, no valor de um botijão de gás de cozinha residencial, repassado às famílias em maior condição de vulnerabilidade dentro do público do Bolsa Família.

O valor repassado neste mês é de R$ 108 e chega a 5,37 milhões de famílias, o que representa cerca de 16,56 milhões de pessoas, a partir de um investimento de R$ 580,46 milhões. O cronograma é o mesmo do Bolsa Família.

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