Economia à deriva

Brasil fica com pior crescimento entre países emergentes

Levantamento feito com dados do FMI mostra que Brasil deve ter, em 2022, pior desempenho econômico entre 12 países
Brasil fica com pior crescimento entre países emergentes

Foto: Agência PT

Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de cinco grandes consultorias e bancos compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram, na prática, o tamanho do buraco no qual o governo Bolsonaro enfiou a economia brasileira.

De acordo com o levantamento, o Brasil deve ter o pior desempenho econômico entre 12 países analisados.

As expectativas de cinco casas para a economia brasileira – Bradesco, Goldman Sachs, Capital Economics, Fitch Ratings e Nomura – variam de 0,8% a 1,9%. Já o FMI vê avanço de 1,5%, contra média de 5,1% do mundo emergente.

Alguns analistas preveem um cenário ainda pior para a economia brasileira para 2022. Economistas do Banco Central apontaram no último relatório Focus, que a expectativa de crescimento da economia, hoje, está em 0,93% para o Produto Interno Bruto (PIB). O Itaú, por exemplo, estima até retração de 0,5% no ano que vem.

O senador Humberto Costa (PT-PE) lembra que o Brasil, além de combater a pandemia de Covid-19, teve também de combater o negacionismo de Bolsonaro que ajudou na disseminação da doença pelo país e, consequentemente, atrasou a possibilidade de retomada do país para uma situação de normalidade.

“O Brasil ainda teve o trabalho de combater Bolsonaro, que cumpriu um papel de disseminar o vírus”, destacou.

Na avaliação do economista Bruno Moretti, existe a chance real de a economia brasileira recuar no próximo ano. O cenário de inflação alta e forte desemprego, aliada ao fraco desempenho econômico continuará a penalizar os mais pobres.

“O cenário é de risco real de contração do PIB em 2022, forte desemprego e inflação elevada, sacrificando os mais pobres. Mesmo que aprove a PEC 23, mais de 20 milhões de beneficiários do auxílio emergencial serão excluídos da rede de proteção social. Este quadro deverá levar ao agravamento da pobreza, da fome e da desigualdade”, argumentou.

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