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Bolsonaro quebra a economia e responsabiliza trabalhadores pelo desemprego

Com a economia no fundo do poço e desemprego recordes, Bolsonaro afirmou que dizendo que parte dos brasileiros não tem preparação para fazer “quase nada”
Bolsonaro quebra a economia e responsabiliza trabalhadores pelo desemprego

Em declaração feita no “cercadinho” do Palácio do Planalto, o presidente Bolsonaro agrediu novamente os trabalhadores, dizendo que parte dos brasileiros não tem preparação para fazer “quase nada”. “Então, [o Brasil] é um país difícil trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço”, disse o presidente. Bolsonaro também ataca a história recente do país que apostou na formação e qualificação da mão-de-obra nacional.

“Se você é um dos 14,3% dos brasileiros que está sem emprego saiba que, para o presidente da República, a culpa é sua. Para ele, você não tem formação adequada e faz parte de uma parcela dos trabalhadores que “não está preparada para fazer quase nada”, denunciou o senador Humberto Costa (PT-PE), em suas redes sociais.  Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil encerrou novembro de 2020 com mais de 14 milhões de desempregados. Um aumento de 2% frente a outubro (13,8 milhões), e de 38,6% desde maio (10 milhões de desempregados).

A declaração de Bolsonaro tenta transferir para os trabalhadores a incompetência de seu governo na condução da economia nacional. A economia que já vinha mal das pernas desde 2019, piorou com a adoção do obsoleto modelo neoliberal do ministro Paulo Guedes. A trágica condução do combate à pandemia agravou a situação, derrubando o PIB, travando a recuperação industrial e elevando o desemprego para patamares recordes. Além disso, abriu caminho para a inflação de alimentos e da cesta básica que afetam os mais pobres.

Governos do PT investiram na qualificação profissional

Os governos de Lula e Dilma investiram na educação, na formação e na qualificação dos trabalhadores brasileiros. A partir de 2008, por iniciativa do governo Lula, foram implantados mais de 360 Institutos Federais em todas as regiões do país. As universidades também foram interiorizadas, com a criação de 18 novas universidades federais e 173 campus universitários. Entre 2003 e 2014, o número de alunos foi praticamente duplicado, passando de 505 mil para 932 mil alunos.

Além dessas iniciativas, os governos petistas apostaram em programas de incentivo e parcerias com a iniciativa privada para garantir ensino técnico aos brasileiros. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em 2011 para capacitar os jovens brasileiros, recebeu investimentos de R$ 14 bilhões até 2014. Acordos com o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai, Senast e Senac), que atuaram em conjunto com o Pronatec e ofereceram milhares de vagas gratuitas para cursos de formação profissional nos setores de indústria e comércio.

 

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