Dois anos e meio após ter sido eleito como presidente da República e enfrentando com negacionismo a maior pandemia do século – com mais de 550 mil brasileiros e brasileiras vítimas fatais, de acordo com dados oficiais –, Bolsonaro continua sua marcha da insensatez e dando mostras de que não faz a menor ideia das funções do cargo presidencial.
Além disso, usa a posição de presidente para disseminar desinformação, tentar desacreditar as vacinas e insistir no tratamento com medicamentos comprovadamente ineficazes.
No último sábado, Bolsonaro voltou a atacar a ciência e sem nenhuma justificativa teórica afirmou que “tivesse coordenado a pandemia, não teria morrido tanta gente”.
Bolsonaro mente aos seus apoiadores afirmando que o Supremo Tribunal Federal (STF) não permitiu que o governo federal coordenasse os esforços de combate à pandemia. Na verdade, o apenas definiu que as ações eram concorrentes, ou seja, cabiam também aos estados e municípios.
“O presidente do Brasil, que já está há dois anos no cargo comprova que segue absolutamente sem ter a mínima ideia de qual é o trabalho para o qual foi eleito”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Vacina já salvou milhares de vidas no Brasil
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a vacinação no Brasil, apesar de ser lenta, já evitou entre 40 mil e 55 mil mortes pela Covid-19. Além disso, também reduziu entre 96 mil e 117 mil internações.
Outra prova da eficácia das vacinas é a redução constante das médias de contaminações e mortes registradas nas últimas semanas. A média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil está em queda desde o dia 20 de junho.