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Bolsonaro torrou R$ 10,6 bilhões da Caixa para tentar se reeleger

Ex-presidente colocou em risco saúde financeira do banco ao liberar empréstimos que prejudicaram a população mais pobre. Só em outubro, entre o primeiro e o segundo turno da eleição, foram gastos R$ 7,6 bi
Bolsonaro torrou R$ 10,6 bilhões da Caixa para tentar se reeleger

Foto: Rogério Florentino

O uso político-eleitoral da Caixa Econômica Federal colocou em risco a saúde financeira do banco, onde se concentra boa parte da poupança do país. A revelação feita pelo UOL nesta segunda (29/5), que aponta um rombo de R$ 10,6 bilhões nos cofres do banco público, repercutiu entre os senadores do PT.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), a revelação aponta para mais um calote promovido por Bolsonaro. “O UOL divulgou a caixa-preta da Caixa Econômica. Bolsonaro provocou um rombo bilionário na instituição na sua tentativa fracassada de reeleição. A aventura eleitoral custou a queima de reservas da Caixa. Bolsonaro destruiu o Brasil para tentar se reeleger e mesmo assim perdeu”, afirmou.

A reportagem mostra que, no ano passado, o índice de liquidez da Caixa, referência para a saúde financeira da instituição, caiu ao menor patamar da história, chegando a R$ 162 bilhões no último trimestre, R$ 70 bilhões a menos que no ano anterior.

O dado é ainda mais alarmante porque a Caixa suspendeu todos os empréstimos eleitoreiros logo após a vitória de Lula. Ou seja, o valor aferido já contabiliza dois meses de recuperação (novembro e dezembro). É bem provável, portanto, que em outubro o valor tenha se aproximado perigosamente do mínimo de recursos em caixa exigido pelo Banco Central.

Os empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil chegaram a R$ 7,6 bilhões, sendo que 99% desse valor foi autorizado ente o primeiro e o segundo turno da eleição, em outubro de 2022, para 2,9 milhões de pessoas.

Outro programa eleitoreiro foi o SIM Digital, microcrédito destinado a pessoas negativadas. Foram injetados pela Caixa R$ 3 bilhões, sendo que a inadimplência atinge 80% dos contratos.

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