Brasil atrai mais turistas em 2012 e é o 7º no ranking de preferência

A preferência dos turistas estrangeiros pelo Brasil aumentou 4,5% em 2012.


Os destinos brasileiros receberam mais de
5,6 milhões visitantes de fora do País no
ano passado

Os destinos brasileiros receberam mais de 5,6 milhões visitantes de fora do País no ano passado. Um crescimento de 4,5% em relação a 2011. Os países da América do Sul são os principias emissores e respondem por aproximadamente 2,6 milhões, o equivalente a 46,3% do total. Todos os países integrantes do grupo dos países dos Brics (composto por Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul) apresentaram aumento, com destaque especial para a China, que teve um salto de 17,8% em 2012 (65 mil) em relação ao ano anterior (55 mil) e subiu duas posições no ranking de origens.

“Dentro das circunstâncias da economia internacional podemos dizer que foi um crescimento bom”, disse o ministro do Turismo, Gastão Vieira, ao divulgar os dados da pesquisa nessa terça-feira (23) na abertura da World Travel Market (WTM) Latin American, feira internacional que pela primeira vez é realizada no Brasil. “O Brasil tem um imenso potencial turístico a ser explorado, o que pode colocar a atividade no mesmo patamar alcançando pelo país no agronegócio, por exemplo”, avalia.

Gastão Vieira ainda defendeu que os destinos brasileiros precisam qualificar o que oferecem aos turistas, bem como aumentar sua competitividade. “Essa é a fórmula para atrairmos o visitante internacional e ampliarmos os nossos ganhos”, disse. E fez um relato das ações do Ministério do Turismo que contribuem para que o país conquiste novos patamares no turismo internacional. “Foram R$ 11 bilhões aplicados em obras de infraestrutura turística nos últimos 10 anos. Agora, o desafio do MTur é deixar um legado que repercuta para além dos megaeventos que o Brasil sediará”, pontuou.

Principais visitantes
A Argentina aparece como primeiro colocado na lista de países de origem dos estrangeiros que visitam o Brasil. Foram quase 1,7 milhão de visitantes em 2012. Em seguida aparece os Estados Unidos, com pouco mais de 586 mil. A Alemanha, que estava em 4º lugar em 2011, atrás do Uruguai, subiu uma posição em 2012 e passou para a terceira colocação, passando de 241 mil turistas para 253 mil, um aumento de 4,8%.

Os efeitos da crise europeia foram sentidos em Portugal, Grécia, Espanha, com retração de 8,2%, 1,2% e 5,2%, respectivamente. Os países responderam, em 2012, por 168.649, 6.343 e 180.406 chegadas.

Principais destinos

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O Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar
na lista de destinos de lazer, respondendo
por 1,1 milhão de turistas

São Paulo é a principal porta de entrada dos turistas estrangeiros. Registrou 2,1 milhões de chegadas em 2012. O Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar na lista de destinos de lazer, respondendo por 1,1 milhão de turistas.

O ranking dos maiores portais de entrada é completado por Rio Grande do Sul (810 mil) e o Paraná (791 mil), onde o acesso ocorre prioritariamente por via terrestre, dos países fronteiriços da América do Sul. A entrada de visitantes estrangeiros ocorre, prioritariamente, por via aérea (3,9 milhões), seguida pela terrestre, com 1,5 milhão, representando 70% e 27% do total, respectivamente.

Pacotes nacionais
Também cresceu em 16% o gasto médio com pacotes de viagens nacionais, em 2012. Os pacotes comprados por brasileiros, por meio de operadoras de turismo, custavam, em média, R$ 1.340 em viagens nacionais e R$ 2.957 nas viagens para o exterior. O valor é mais alto do que a média do ano anterior: 16% no caso das viagens domésticas e 6,8% no caso dos internacionais. Os dados foram apresentados nessa terça-feira (23) pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e dizem respeito aos seus 99 associados, que representam 90% das viagens comercializadas no País.

Entre as explicações para o aumento no preço do pacote, foram citadas a elevação do custo da mão-de-obra, de passagens aéreas e de diárias na hotelaria, a valorização do dólar em relação ao real, a carga tributária sobre esse tipo de produto e a venda, especialmente no mercado doméstico, de pacotes mais especializados e de maior qualidade – portanto, mais caros.

Outra informação que o levantamento revelou é o aumento nas vendas de pacotes somente terrestres (sem aéreo). Enquanto o número de clientes diminuiu em quase todos os demais tipos de pacote (aéreo + terrestre, rodoviário e marítimo nacional), o número de consumidores que optaram pelo pacote terrestre subiu tanto nas viagens domésticas quanto nas internacionais. A participação dos pacotes terrestres no faturamento bruto das operadoras, assim, aumentou, em um ano, de 19% para 27% no caso das viagens nacionais e de 18% para 29%, no caso das internacionais.

Para o presidente da Braztoa, o principal responsável pelo fenômeno é o maior uso de milhas pelos passageiros. “Eles chegam com a passagem já comprada, não só com as milhas das companhias aéreas, mas com as milhas obtidas nos bancos”, afirma.

Com agências de notícias

 

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