Brasil Sorridente supera mil pontos de atendimento

Brasil Sorridente supera mil pontos de atendimento

Iniciativa para assistência odontológica chega aos 10 anos com centros em mais de 800 municípios

Programa foi lançado durante a gestão de
Humberto Costa

O Programa Brasil Sorridente chega ao total de 1.013 centros, que estão à disposição para o atendimento de 80 milhões de brasileiros, moradores de 800 municípios. São consultórios voltados à assistência de maior complexidade, como cirurgias, tratamento de canal, oferta de implantes, ortodontia e diagnóstico de câncer de boca. Ao todo, nove estados estão sendo beneficiados com a expansão da iniciativa do Governo Federal, conforme anúncio feito pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, nessa quarta-feira (28), em São Bernardo do Campo (SP), durante a comemoração pela primeira década do programa.

Em dez anos, o Brasil Sorridente mudou a realidade do acesso da população ao tratamento odontológico, levando assistência gratuita a cerca de 80 milhões de brasileiros usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além dos centros de especialidades odontológicas (CEO), o programa conta com 23.175 equipes de saúde bucal, que atendem nas unidades básicas de saúde de todo o País. Esse número é quase quatro vezes maior que o total de antes do programa, quando 6.170 equipes estavam à disposição da população. Atualmente, os profissionais que atuam no programa estão presentes em 89% das cidades brasileiras, o equivalente a 4.971 municípios.

O investimento do Ministério da Saúde no Brasil Sorridente desde o lançamento, em 2004, pelo então ministro da Saúde do governo Lula, Humberto Costa, ultrapassou R$ 7 bilhões. Somente no ano passado houve liberação de R$ 1,28 bilhão, 20 vezes mais do total investido em ações de assistência odontológica antes do início do programa. Esses recursos servem para a expansão e manutenção da rede de atendimento e também para financiar a entrega de mais de 8 mil consultórios completos e 10 mil equipamentos periféricos. Com o início das atividades de mais treze centros, haverá repasse de mais R$1,5 milhão por ano.

Durante a cerimônia, a presidenta da República, Dilma Rousseff afirmou que “ter conseguido, numa saúde pública incluir a saúde bucal é uma grande conquista”. O ministro da Saúde, Arthur Chioro reafirmou a importância de se investir na Atenção Básica, garantindo atendimento à população. “Todos os ministros tiveram a responsabilidade de construir a maior política de saúde bucal do mundo, reconhecida pela OMS, que é o Brasil Sorridente”, disse.

O ministro disse ainda que só no ano passado foram 471 mil próteses e este ano serão entregues mais de 500 mil próteses. “Isso significa muito a trabalho a ser feito e o compromisso de garantir para toda população uma atenção básica de qualidade”. Chioro lembrou ainda que outra ação da Atenção Básica é o Programa Mais Médicos, que já atende 100% da demanda dos municípios e está presente especialmente as regiões de maior vulnerabilidade social. “Com a entrada desses médicos, conseguimos benefeciar 49 milhões de pessoas, oferecendo um atendimento digno à população”, disse.

Resultados

Com o Brasil Sorridente, o País se tornou referência na assistência odontológica ao consolidar um dos maiores programas públicos na área de saúde bucal. Atualmente, o SUS emprega 30% dos dentistas do país, contando com uma equipe de 64,8 mil profissionais. Em dez anos, o total de dentistas atuando no SUS cresceu 45%. A expansão da assistência trouxe impactos importantes na saúde da população.

A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal apontou queda de 26% na incidência de cárie em crianças de 12 anos entre 2003 e 2010, fazendo com que o Brasil passasse a fazer parte do grupo de países com baixa prevalência de cárie dentária, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Também houve redução no número de dentes afetados por cáries e ampliação no acesso aos serviços de saúde bucal para as faixas etárias de 15 a 19 anos; 35 a 44 anos; e 65 a 74 anos. No período analisado, o número de adolescentes e adultos que sofreram algum tipo de perda dentária foi reduzido em 50%.

Fonte: Agência Saúde

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