“Buscar um pacto e não ficar apontando o dedo uns para os outros”

Dilma pede pacto entre os países para superar a crise. Segundo ela, os países precisam se unir – e não trocar acusações – para enfrentar a crise financeira internacional.

Nos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff voltou a pedir pacto entre os países para superar a crise financeira mundial. Dilma afirmou, na noite desta terça-feira (25/09), em entrevista coletiva no Hotel St.Regis, em Nova York, que os países precisam se unir – e não trocar acusações – para enfrentar a crise financeira internacional.

Mais cedo, ao discursar na abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, Dilma afirmou que não haverá resposta eficaz à crise enquanto não se intensificarem os esforços de cooperação entre os países e os organismos internacionais.

“A gente tem de buscar um pacto e não ficar apontando o dedo uns para os outros, um pacto de saída da crise, porque é muito importante para todos nós. É muito importante, por exemplo, que o Brasil retome sua taxa de crescimento em torno dos 4,5%, 5%, que a China consiga também retomar as taxas históricas de crescimento”, disse.

Sobre a reforma no Conselho de Segurança da ONU, que o Brasil pleteia ao lado de outras nações, Dilma admitiu que não houve avanço nas discussões, mas disse que não se pode perder as esperanças. “Em um mundo multipolar para o qual nos caminhamos, esse avanço no Conselho vai refletir na mudança da realidade também. E quando a realidade se impõe, ela é inexorável. Acho que um Conselho com países emergentes, em desenvolvimento e maior representatividade, vai ser um Conselho mais propenso a construir consensos e diálogos. 

Dilma Rousseff relatou ainda conversas bilaterais com países do oriente sobre a paz na região e sobre o interesse das nações sobre as políticas sociais do governo brasileiro. Além disso, as relações comerciais entre Mercosul e União Européia foi tema de conversa com o presidente da Comissão da UE, Durão Barroso. Com o presidente dos EUA, Barack Obama, a presidenta relatou que houve uma conversa amistosa. “É a natureza das coisas que haja interesses brasileiros que tenham em conflitos com interesses americanos. Mas isso não diminui importância dos EUA para nós e eu tenho certeza nem do Brasil para os EUA. Acho até que quando começamos a reclamar um dos outros, é porque nos damos importância uns aos outros”, disse a presidenta sobre interesses comerciais diferentes entres as duas nações.

Com informações do PT Nacional

Assista à entrevista coletiva da presidenta Dilma

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Você pode assistir a partir de 4:47minutos o trecho sobre o pacto proposto pela presidenta e a partir de 8:57 minutos, a sua fala sobre protecionismo.

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