Com três palavras-chave – #ChegaDeHomicídios, #JovemNegroVivo e #EuMeImporto (hashtag, no vocabulário das redes sociais) – a Anistia Internacional está patrocinando, e recolhendo doações, para a campanha que pretende tirar do Brasil um de seus mais tristes recordes – o do país em que mais se mata no mundo, superando muitos países em situação de guerra.
Os últimos números apurados na pesquisa mais recente, de 2012, não deixam margem para dúvidas: 56 mil pessoas foram assassinadas, quase sete por hora. Dessas, 30 mil eram tinham entre 15 e 29 anos, dos quais 23.100 eram jovens negros.
A maioria dessas mortes é provocada por arma de fogo. Menos de 8% dos casos são esclarecidos ou julgados.
“A morte não pode ser o destino de tantos jovens, especialmente quando falamos de jovens negros. As consequências do preconceito e dos estereótipos negativos associados a estes jovens e aos territórios das favelas e das periferias devem ser amplamente debatidas e repudiadas”, diz uma das peças de publicidade da Anistia Internacional.
“Como é bom ver o movimento das periferias batendo tambor, porque não querem mais aceitar o genocídio de jovens negros. Estão massacrando a nossa juventude”, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS), único afrodescendente entre os 81 senadores da República.
A campanha, que recebeu as boas vindas de Paim desde sua preparação, no ano passado, renovou seu apelo para que haja no Brasil a união de forças para se acabar com esse “verdadeiro genocídio da juventude negra”. “Morrem quase três vezes mais negros do que não negros. Chega! Não podemos permitir que o chicote de ontem seja a bala de hoje”, exortou o senador..
O manifesto online contra a escalada de assassinatos de jovens negros precisa de mais e mais assinaturas, para referendar e fortalecer a campanha da Anistia Internacional junto às autoridades brasileiras.
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Participe você também, assinando o manifesto no endereço da Anistia Internacional
Veja o filme da campanha da Anistia Internacional contra a matança de jovens negros no Brasil