Captação da caderneta de poupança é cinco vezes maior

A captação líquida (diferença entre depósitos e saques) foi de R$ 10,6 bilhões no primeiro trimestre, enquanto em 2012 tinha sido de R$ 2,1 bilhões.

Mais uma vez, os pessimistas que alardearam a debandada dos poupadores por contas dos ajustes promovidos pelo Governo nas normas para correção dos depósitos têm que enfrentar a frustração de suas expectativas. Afinal, quase um ano depois das mudanças – feitas no dia 03 de maio do ano passado -, a busca dos investidores pela poupança segue alta. Na verdade, quintuplicou no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A captação líquida (diferença entre depósitos e saques) foi de R$ 10,6 bilhões no primeiro trimestre, enquanto em 2012 tinha sido de R$ 2,1 bilhões. Ou seja, o resultado dos depósitos menos os saques quintuplicou no período

A poupança, aliás, é campeã entre as aplicações financeiras e segue firme na preferência do brasileiro. Até porque, o primeiro trimestre de 2013 foi um período marcado pela derrota das principais aplicações financeiras para a inflação, independentemente do grau de risco.

Especialistas do mercado dizem que os bons resultados podem ser explicados principalmente pelo perfil conservador do brasileiro: com “medo” de aplicar suas reservas em investimentos que desconhece, o público prefere não correr riscos e aplica na tradicional caderneta. Além disso, os fundos de investimentos mais conservadores ainda afugentam alguns brasileiros por conta da pesada carga de impostos sobre os ganhos, além de taxas de administração altas.

Além da poupança, os investimentos em aplicações pós-fixadas (que acompanham a taxa de mercado denominada CDI), também despertaram o interesse do brasileiro, como sugerem as estatísticas mais recentes do mercado financeiro.

 poupanca

No campo da renda variável (ações), os números mostram um interesse maior pelos produtos com uma gestão mais ativa do dinheiro aplicado, em vez dos fundos de ações mais populares, que perseguem “o termômetro” da Bolsa de Valores (o índice Ibovespa). 

Enquanto isso, os dados mostram uma relativa fuga dos Fundos DI, que perderam cerca de R$ 3,3 bilhões no período, enquanto um montante de R$ 27 bilhões (entre depósitos e retiradas) migraram para os fundos de Renda Fixa, em contraste com o panorama visto no início de 2012.

Nos primeiros três meses do ano passado, mais de R$ 24 bilhões foram deixados nos fundos DI, acima dos R$ 15 bilhões direcionados para a linha de Renda Fixa.

Veja o relatório do BC

Com agências onlines e o Banco Central

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