Julgamento de Lula

Adiamento é inaceitável diante das mentiras de Moro

O senador Paulo Rocha aponta que a confirmação do conluio entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol para condenar sem provas o presidente Lula torna cada vez mais inevitável a anulação do processo

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Adiamento é inaceitável diante das mentiras de Moro

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

“É inaceitável o adiamento, ainda mais diante das mentiras do juiz Sergio Moro proferidas nesta Casa, na audiência da Comissão de Constituição e Justiça, na semana passada”, protestou o senador Paulo Rocha (PT-PA), na tribuna do Senado, na tarde desta segunda-feira (24).  O senador petista leu a carta do presidente Lula no plenário do Senado Federal.

O anúncio do adiamento do julgamento do Habeas Corpus de Lula foi feito pela ministra do STF, Carmén Lucia, na tarde desta segunda-feira (24).

Rocha aponta que a confirmação do conluio entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol para condenar sem provas o presidente Lula torna cada vez mais inevitável a anulação do processo.

Leia a íntegra da carta do presidente Lula. 

“O Supremo Tribunal Federal não pode negar ao presidente Lula um julgamento justo. Não pode, e não deve repetir o juiz Sérgio Moro, nas mãos de quem Lula não teve um julgamento justo”, defende o senador, para quem sucessão de desmascaramentos de Moro, a cada revelação do site noticioso The Intercept Brasil, torna a farsa da condenação de Lula insustentável.

Antes disso, Lula havia se manifestado sobre a perspectiva do julgamento. Em carta ao ex-chanceler Celso Amorim — um dos coordenadores da luta internacional em defesa da sua liberdade—o ex-presidente também reivindicou um julgamento justo e sem vícios.

“Meus advogados recorreram ao STF para que eu tenha finalmente um processo e um julgamento justos, o que nunca tive nas mãos de Sergio Moro”, escreveu Lula. “Muita gente poderosa, no Brasil e até de outros países, quer impedir essa decisão, ou continuar adiando, o que dá no mesmo, para quem está preso injustamente”, lembrou Lula.

 

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