Plenário

Com críticas, Senado aprova aumento insuficiente do mínimo

Senadores criticaram valor insuficiente proposto pelo governo Bolsonaro e defenderam o retorno da política de valorização do salário mínimo
Com críticas, Senado aprova aumento insuficiente do mínimo

Foto: Alessandro Dantas

O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (26), com duras críticas ao governo Bolsonaro, a Medida Provisória (MP 1095/2021) que instituiu o valor do salário mínimo para 2022 em R$ 1.212 mensais. A Matéria segue para sanção presidencial.

O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. No total, o reajuste é de 10,18% em relação ao salário mínimo anterior, que era de R$ 1,1 mil. No entanto, o INPC observado no período foi de 10,16%.

“A gente tem uma política que não socorre os mais necessitados. Temos que criar condições para dar um aumento maior para o salário mínimo e ajudar aqueles que tem fome”, disse o senador Paulo Rocha (PA), líder da bancada do PT.

A relatora da MP, senadora Soraya Thronicke (União-MS) se disse “constrangida” ao ler o relatório da proposta enviada pelo governo Bolsonaro. De acordo com a senadora, o governo mente ao afirmar que o novo valor é suficiente para suprir as necessidades básicas dos brasileiros.

Já a senadora Zenaide Maia (Pros-RN) cobrou a retomada da política de valorização do salário mínimo, enterrada por Bolsonaro, para garantir ganho real nos valores dos salários dos brasileiros e brasileiras.

“O valor é insuficiente, não cobre nem a inflação. É inaceitável que a gente não discuta uma política de valorização do mínimo. Eu sempre aprendi que do mínimo nunca se tira, sempre se acrescenta”, enfatizou.

Projeto do PT
O senador Paulo Paim (PT-RS) reapresentou projeto de lei que restabelece a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo, criada pelos governos do PT, e que vigorou até 2019.

A política de valorização previa a correção salarial pela inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB dos dois anos anteriores.

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