50 anos da Embrapa

Combate à fome e à insegurança alimentar são desafios da Embrapa

Plenário do Senado homenageia os 50 anos da criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Homenagem Embrapa no plenário do Senado

Combate à fome e à insegurança alimentar são desafios da Embrapa

Por iniciativa do senador Jaques Wagner, Senado homenageia trajetória da Embrapa na condução de políticas que colaboraram para que a atividade agropecuária brasileira se tornasse uma potência mundial. Foto: Alessandro Dantas

A ampliação das políticas públicas de combate à fome e à insegurança alimentar no país e no mundo, por meio da produção sustentável, passa pelo fortalecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A afirmação foi feita durante a sessão especial em comemoração aos 50 anos da empresa, realizada nesta segunda-feira (26/6), no plenário do Senado.

A atuação da instituição, com seus cerca de dez mil profissionais, na condução de políticas públicas que colaboraram para que a atividade agropecuária brasileira se tornasse uma potência mundial foi lembrada pelos convidados durante a cerimônia.

Vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, a Embrapa foi criada em 26 de abril de 1973 (Lei 5871/1973 e Decreto 72.020/1973) para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical.

Atuando na geração de conhecimento e tecnologias para a produção de alimentos, fibras e fontes de energia, a missão da Embrapa é “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira”.

Para o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a Embrapa é atualmente um produto de exportação do país, referência na ciência e inovação para a agropecuária em nível internacional. O senador lembrou que nesse período de meio século a empresa foi responsável por fazer com que o país ampliasse sua área plantada em mais de 160% e aumentasse a produção de grãos em mais de 500%.

Para Jaques Wagner, desafio é fazer com que pequenos e médios produtores tenham acesso a mais tecnologias para democratizar a oferta dos alimentos. Foto: Alessandro Dantas

Além disso, Wagner destacou que a oferta de carne bovina e suína foi quadruplicada e a produção de frango se tornou superior 20 vezes ao que era produzido nos anos 1970. Para o senador, o desafio maior, neste momento, é garantir que os pequenos e médios produtores tenham acesso a mais tecnologias para democratizar a oferta de alimentos que precisam chegar à mesa do brasileiro.

“Trata-se de um esforço que será dirigido especialmente aos mais vulneráveis, incluindo as crianças. A Embrapa está igualmente comprometida com a meta de dobrar a produtividade agrícola e a renda dos produtores de alimentos. Em especial, a empresa trabalha para conservar os ecossistemas e torná-los mais resistentes às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres”, destaca o senador.

Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a Embrapa é motivo de orgulho para o Brasil. Ele avaliou o papel da empresa para os próximos 50 anos como fundamental para “acelerar a produção” e auxiliar no combate à fome. 

“Nós temos 30 milhões de brasileiros e brasileiras que estão vivendo em insegurança alimentar grave. E hoje o Brasil perdeu espaço de produção de arroz, de feijão, de mandioca, de hortaliças, legumes e frutas que vão direto para a mesa do povo brasileiro. Então nós temos esse desafio de aumentar a produção de alimento”, disse.

O ministro ainda anunciou que o presidente Lula lançará amanhã (27/6) um Plano Safra “recorde”, com atenção especial ao pequeno produtor e à produção de alimentos saudáveis.

Foco na sustentabilidade

A presidente da Embrapa, Silvia Maria Massruhá, fez referência ao pioneirismo de Eliseu Alves e José Pastore, que estiveram à frente da instituição por muito tempo, para lembrar que a sustentabilidade sempre foi o “fio condutor” da empresa. Segundo ela, foram 50 anos de muito investimento em infraestrutura, mas o principal foram as pessoas que tornaram o Brasil “a potência agrícola que é hoje”.

A prioridade da atual gestão, segundo ela, é gerar tecnologias para a descarbonização da agropecuária (a redução da emissão de dióxido de carbono e de outros gases de efeito estufa na atividade) e a sustentabilidade.

“Estamos cientes de que o futuro passa por compreender os novos comportamentos de consumo, as exigências dos alimentos saudáveis, rastreáveis e produzidos em base sustentáveis. Nas três dimensões: ambiental, econômico e social. Sabemos também da nossa responsabilidade com a redução das desigualdades e combate à fome. Por isso é fundamental produzir inclusão produtiva social de pequenos e médios produtores”, destaca.

Com informações da Agência Senado

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