Globalmente, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023. Desses homicídios, 60% — 51.000 — foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos, ou seja, uma mulher ou menina assassinada a cada 10 minutos.
Os dados são do relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, da ONU Mulheres e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e revelam que o feminicídio continua sendo um problema generalizado em todo o mundo.
A violência contra a mulher também é um tema preocupante no Brasil. No passado, mais de um milhão de mulheres foram vítimas de algum tipo de violência em nosso país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
No total, 1.238.208 mulheres sofreram violências como homicídio e feminicídio, nas modalidades consumadas e tentadas, agressões em contexto de violência doméstica, ameaça, perseguição (stalking), violência psicológica e estupro.
Maior representatividade política feminina reduzirá violência contra a mulher, avalia Augusta
As senadoras do PT Augusta Brito (PT-CE) e Teresa Leitão (PT-PE) usaram as redes sociais para se manifestar acerca da importância de se enfrentar o tema neste 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Para a senadora Teresa Leitão, a data reforça a importância de combater uma realidade alarmante no Brasil e no mundo.
“Precisamos conscientizar a sociedade sobre a necessidade de políticas públicas eficazes, apoio às vítimas e a promoção da igualdade de gênero para erradicar essa grave violação de direitos humanos”, disse.
A senadora Augusta Brito, presidenta da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, reforçou seu compromisso na luta contra “esse mal que aflige milhares de brasileiras”.
“Hoje, no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, reforçamos nosso compromisso em lutar contra esse mal que atinge milhares de brasileiras. Precisamos de políticas eficazes, apoio às vítimas e punição severa aos agressores”, apontou.
Cida Gonçalves relata avanços na área
A ministra da Mulheres do governo Lula, Cida Gonçalves, usou as redes sociais para relatara os avanços na área para assegurar proteção e dignidade à vida das mulheres, em parceria com os poderes Legislativo e Judiciário e nos âmbitos estadual e municipal.
“Aprovamos mais de dez leis que ampliam a proteção às mulheres vítimas de violência, desde a prevenção, como facilitar medidas protetivas, à maior efetividade na responsabilização dos criminosos – Protocolo Não é Não”, elencou a ministra.
ONU: Em 2023, 85 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no mundo
Além disso, Cida Gonçalves destacou a reestruturação feita no serviço “Ligue 180” – Central de Atendimento à Mulher, com a criação do canal no Whatsapp (61) 9610-0180, atualização de protocolos e capacitações.
“Usemos esta data tão importante de 25 de novembro para levar ao menos uma parte dessas informações a mais pessoas. Acolha uma mulher em situação de violência, não julgue, apoie, busque informações e ajuda. Juntas(os) podemos mudar essa realidade”, destacou.