Em quase seis meses de trabalho, a CPI da Pandemia colheu mais de 50 depoimentos, quebrou 251 sigilos, analisou 9,4 terabytes de documentos e fez mais de 60 reuniões. E nesse caminho, é inegável que o trabalho de investigação desempenhado pelos parlamentares, em contraponto ao negacionismo desempenhado pelo governo, ajudou a salvar vidas pelo País em meio à pandemia.
“A CPI proporcionou antecipar o cronograma de vacinas, pressionou para que tivesse vacinas para todos os brasileiros, impedimos que tivesse esquemas de corrupção bilionário montados no Palácio do Planalto”, destacou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
Para além de desnudar os casos de corrupção, na avaliação do senador Humberto Costa (PT-PE), a CPI foi imprescindível para ajudar a salvar vidas durante a crise sanitária que se agravou diante da omissão da gestão Bolsonaro.
“O maior objetivo alcançado foi fazer esse governo incompetente se mover. Graças ao trabalho da CPI, vacinas foram compradas, o calendário de imunização avançou, a população acordou para a quantidade de mentiras difundidas por esses charlatões que defendiam imunidade de rebanho e tratamentos ineficazes”, elencou o senador.
“Mostramos a corrupção que grassa nas entranhas da administração, sob o nariz, a conivência e o benefício do presidente da República e de sua família. Então, acredito que a CPI cumpriu seu papel e, sobretudo, salvou muitas vidas a partir do momento em que fez esse governo desastroso se mover”, emendou.
Além disso, o colegiado apresentou uma série de projetos de lei. Um deles, já aprovado pelo Senado, criou o Observatório da Pandemia. A Frente Parlamentar vai fiscalizar e acompanhar os desdobramentos jurídicos, legislativos e sociais das conclusões da CPI.