Para a presidenta da Petrobras, Graça Foster, o grande desafio da companhia está diretamente ligado ao aumento da produção de petróleo e gás natural, uma “preocupação que a empresa vive 24 horas por dia” e que é necessário para atender aos anseios do acionista controlador (a União) e também de todos os brasileiros.
Graça Foster participou nesta quarta-feira (6/11), em Vitória (ES), da cerimônia de inicio da produção do Projeto Pré-Sal de Baleia Azul com a entrada em operação da plataforma FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás) Cidade de Anchieta e conclusão do Sistema de Escoamento e Processamento de Gás.
Em entrevista concedida após a cerimônia, que marcou a entrada em produção do Projeto Pré-Sal Baleia Azul, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, informou que a produção da Bacia de Campos, atualmente em declínio, vai retomar, ao longo de 2013, os níveis perdidos neste ano. Para isto, segundo Formigli, a empresa terá que melhorar a eficiência operacional de modo a reduzir o declínio da produção, considerado por ele natural em decorrência da maturidade dos empreendimentos.
Formigli ressaltou como fatores também preponderantes ao aumento da curva de produção da estatal na região, a entrada de novas plataformas, como a P-63 e a P-61, que agregarão mais 150 mil barris de petróleo por dia à atual produção; a P-55, que agregará mais 180 mil barris por dia; a P-58, com 180 mil barris por dia; e a própria Cidade de Anchieta, que entra em produção com a extração de 65 mil barris de petróleo por dia, mas que atingirá a capacidade de 100 mil barris diários em fevereiro de 2013.
Hoje, a produção do pré-sal, em campos operados pela Petrobras, está em 205 mil barris por dia, respondendo por cerca de 10% da produção total da companhia. Formigli manteve inalterada a previsão de que a produção ficará em torno de 2 milhões de barris de óleo por dia em 2012 e em 2013.
Formigli acredita que a Petrobras deverá fechar 2012 com uma produção diária crescente até o final do ano e que, em outubro, a extração deverá ficar em torno dos 1,94 milhão de barris de óleo de média diária. Em novembro, a produção deverá ser ainda maior, uma vez que haverá, além da entrada em operação da FPSO Cidade de Anchieta, um número menor de paradas programadas.
O Plano de Negócios 2012-2016 da Petrobras prevê para o estado do Espírito Santo investimentos de US$ 17,2 bilhões nos próximos cinco anos. A plataforma Cidade de Anchieta destina-se exclusivamente à produção da camada pré-sal dos campos de Baleia Azul, Jubarte e Pirambu, localizados no Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos.
A unidade, afretada à empresa SBM Services, tem capacidade para processar, diariamente, 100 mil barris de petróleo e 3,5 milhões metros cúbicos de gás. O navio-plataforma escoará a produção de gás pelo Gasoduto Sul-Norte Capixaba até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, no litoral do Espírito Santo.
Agência Brasil
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