Área derrubada é 27% menor que a do ano passado
Entre agosto de 2011 e julho deste ano, o desmatamento na Amazônia Legal caiu 27%. A área devastada é a menor já registrada desde que foram iniciadas as medições, em 1988. Os dados, reunidos a partir de medições feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram divulgados nesta terça-feira (27/11) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A Amazônia Legal engloba todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão.
De acordo com dados do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), a floresta perdeu 4.656 km² de cobertura vegetal no período, Entre agosto de 2010 e julho de 2011 a devastação chegou a 6.418 km². “Arrisco a dizer que foi a única notícia ambiental positiva que o planeta teve esse ano”, disse a ministra.
Segundo o governo, a margem de erro da estimativa é de 10% e os dados finais do levantamento devem ser divulgados no próximo ano.
Combate ao desmatamento
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), entre agosto de 2011 e julho de 2012 foram realizados 3.456 autos de infração na região da Amazônia Legal.
A ministra argumentou que o esforço de fiscalização promovido pelo contribuiu para a queda na taxa de devastação da Amazônia. “Há um equívoco dizer que a União não vai intervir contra as práticas do desmatamento. Vamos pegar [as irregularidades] sim, de todo mundo” disse Izabella. Ela disse ainda que ações ilegais na florestas têm sido realizadas com o uso de táticas de camuflagem. Segundo a ministra, tratores têm sido pintados de verde para que possam ser confundidos com a vegetação, impossibilitando que agentes encontrem os materiais.
O Governo anunciou ainda que, a partir do próximo ano, o Ministério do Meio Ambiente vai utilizar um sistema eletrônico para auto de infrações, que será ligado a um banco de dados central. Segundo a ministra, a fiscalização, que deverá ser feita pelo Ibama, vai ser utilizada em todo o Brasil.
O sistema poderá ser utilizado para controle ambiental, combate a incêndios, licenciamento ambiental, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado a partir do novo Código Florestal, e que concentra dados de todos os imóveis rurais do país, a partir de imagens de satélite.
As informações foram divulgadas em coletiva realizada em Brasília, que contou ainda com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o diretor do Inpe, Leonel Pedondi.
Com informações do MMA e das Agências de Notícias
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