O Real é a moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar em 2020. A moeda americana acumula uma alta de 40% comparada à brasileira no ano, maior queda em uma lista de 30 países, segundo dados da Reuters.
Quando o ano começou, cada dólar valia R$ 4,0232. Nesta quinta-feira (1º), chegou a seu maior valor desde maio, cotado a R$ 5,6546. Naquele mês, o dólar teve seu recorde nominal (sem considerar a inflação) frente ao real. No dia 13, era vendido a R$ 5,9007.
“Dólar dispara, preços dos alimentos batem recordes, maior taxa de desemprego da história, menor valorização do salário-mínimo e o Real se torna a pior moeda do mundo. Como alguém ainda tem coragem de defender esse governo?”, questionou Rogério Carvalho (SE), líder do PT no Senado.
A perda de valor do real, da lira turca e do peso argentino vai na contramão do que ocorreu com países de moedas fortes em meio à pandemia. A cotação da moeda norte-americana recuou 4,33% diante do euro, 3,1% frente ao iene japonês e 4,8% na comparação com o franco suíço.
Algumas previsões apostam na continuidade da desvalorização do real. O Bank of America manifestou estar mais cauteloso com o real e alertou para volatilidade no curto prazo. A empresa Necton elevou a projeção do dólar para o fim deste ano para R$ 6.
Essas projeções contrastam com a última estimativa divulgada pelo boletim Focus, no dia 28 de setembro. A expectativa do Focus para a cotação do dólar em relação ao real ao final de 2020 não mudou: espera-se uma taxa de R$ 5,25, a mesma da semana anterior. Para 2021, a projeção também não se alterou e está em R$ 5,00.
Com informações de agências de notícias