Aqueles que visitam Lula na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, costumam relatar um sentimento de dor e esperança. A dor de ver Luiz Inácio Lula da Silva, maior liderança política do país, preso injustamente. E a esperança que ele transmite de que o Brasil vai voltar a caminhar nos rumos da justiça e da igualdade.
Nesta quinta-feira (11), esses sentimentos tão conflitantes foram descritos pela sua sucessora, a ex-presidenta Dilma Rousseff, e pela escritora espanhola Pilar Del Río que estiveram com o ex-presidente ao longo da tarde.
Após a visita, Dilma questiona: “como o nosso país chegou ao ponto de prender uma pessoa inocente, desrespeitando todos os princípios civilizatórios que asseguram que todos são iguais perante a lei?”. E ressalta: “é muito difícil ver um inocente preso”.
Ao comentar sobre a injustiça cometida contra Lula, afirma que as conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores do Ministério Público Federal mostram a imparcialidade do processo.
“Um juiz que é capaz de atuar em alguns momentos como assessor da acusação e em outros como dirigente da acusação não é isento, nem imparcial. Isso coloca um problema sério para a Justiça, que é a perda de credibilidade aos olhos da população e do mundo. Porque isso é inadmissível em um país democrático”, disse.