Dilma tem legitimidade para escolher quem quiser para o Executivo, diz Gleisi

Dilma tem legitimidade para escolher quem quiser para o Executivo, diz Gleisi

Gleisi: STF é perfeitamente capaz e qualificado para fazer o julgamento de quem quer que sejaEm aparte ao senador tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) rebateu os argumentos golpistas contra a nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Além de esclarecer pela enésima vez que o termo de posse enviado pela presidenta Dilma a Lula não era um salvo conduto — até porque não continha a assinatura da presidenta, sendo apenas uma forma de garantir a assinatura do ex-presidente e dar posse a ele mesmo que não estivesse presente ao ato — a parlamentar defendeu a capacidade da presidenta de escolher quem ela quiser para estar à frente de qualquer Pasta no Executivo.

“A presidenta Dilma tem legitimidade. Tem mandato popular para ela colocar quem ela considera importante, capacitado, com competência para exercer cargos no seu Ministério. Não há nenhuma ilegalidade nisso”, disse a senadora.

Assim como outros parlamentares, Gleisi também reiterou que o Supremo Tribunal Federal (STF) é perfeitamente capaz e qualificado para fazer o julgamento de quem quer que seja, até do ex-presidente Lula – ao assumir como ministro, as investigações contra ele saem dos órgãos de primeira instância, como a Vara Federal do juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, e passam a ser analisadas pelo STF.

“Não sei por que essa ânsia de que deveria ter ficado com o juiz Sérgio Moro, porque o presidente assumiu ou não poderia assumir um cargo para não ter foro privilegiado. É como se nós desrespeitássemos o Supremo Tribunal Federal”, questionou.

Vazamentos seletivos

Sobre os vazamentos da Operação Lava Jato, Gleisi criticou que apenas parte das informações sejam divulgadas, colocando em xeque a democracia. “Por que só o grampo do presidente Lula veio à tona? Por que só ele foi divulgado? E se se sabia que a presidenta Dilma estava nesse grampo, tinha que ter mandado ao Supremo Tribunal Federal. Não podia ter mandado à Rede Globo”, criticou.

“Aqui ninguém está demonizando a Globo ou qualquer outro meio de comunicação. Mas o fato é que ela se tornou mais importante que o Supremo Tribunal Federal, que as instituições que nós temos”, emendou.

A senadora afirmou ainda que há uma politização do Judiciário brasileiro. Ela citou o caso do juiz Itagiba Catta Preta Neto, que concedeu liminar contra a posse de Lula e tinha, na sua página pessoal no Facebook, várias fotos que mostram o apoio dele à oposição ao governo federal.

“O Estado de direito, aquilo que pode nos dar condições de realmente ter equilíbrio na sociedade e de fazemos uso da democracia é a legalidade, é a Constituição. Não é um Estado de exceção”, finalizou a senadora.

 

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