Diniz: proposta de plebiscito veio para o Congresso decidir

Para o senador, a ideia do plebiscito surgiu porque o Parlamento não tem feito seu dever de casa.

Diniz: proposta de plebiscito veio para o Congresso decidir

“A reforma política não acontece, porque os
interesses são tantos, tanto aqui no Senado
Federal quanto na Câmara, que a reforma
não avança”

Interpretar o que levou muitos brasileiros às ruas tornou-se um desafio para políticos, dirigentes e lideranças brasileiras. Para o senador Aníbal Diniz (PT-AC), antes mesmo de ter um cenário claro do que empurrou tanta gente para as passeatas, a presidenta Dilma Rousseff partiu para a ação. “Procurou se reunir com sindicatos, com associações, com representantes das mais diferentes representações, segmentos, organizados ou não, para tentar apresentar alguma saída e mandou para o Congresso Nacional uma proposta de plebiscito”, disse o parlamentar nesta quarta-feira (3), em pronunciamento ao plenário do Senado.

Defendendo a ideia da consulta popular, Aníbal lembrou que o plebiscito é uma forma democrática de ouvir os desejos da sociedade. “A proposta encaminhada pela presidenta não veio fechada, veio aberta, para que os parlamentares, dentro da dinâmica própria do Senado e da Câmara, possam juntar todas as perguntas que se fizerem necessárias, para que a população expresse qual é o seu sentimento em relação aos assuntos a serem propostos”, destacou.

Para o senador, a ideia do plebiscito surgiu porque o Parlamento não tem feito seu dever de casa. Ou seja, a tarefa de discutir e votar o que é prioridade para a sociedade não tem sido cumprida como deveria.

“Todo mundo, há muito tempo, vem dizendo que precisamos de uma reforma política para tornar as eleições baratas, democráticas, transparentes. No entanto, a reforma política não acontece, porque os interesses são tantos, tanto aqui no Senado Federal quanto na Câmara, que a reforma não avança, as propostas conflitam entre si e não há qualquer avanço”, citou. “E por que surgiu essa ideia do plebiscito? Justamente porque o Parlamento tem deixado a dever no sentido de pôr em discussão, de pôr em votação aquilo que é o clamor de toda a sociedade”, disse.
 

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