Diogo
“Sonho que se sonha só
é só um sonho que se sonha só
mas sonho que se sonha junto é realidade”
(Raul Seixas)
Há um provérbio popular que diz que as pessoas, quando passam pela vida, deixam um tanto de si conosco e levam um tanto de nós.
Tudo que já se disse de Diogo Sant’Ana, que partiu deste plano terreno a poucas horas de encerrar o ano, faz jus a ele. Desnecessário, portanto, lembrar de novo tudo que Diogo foi e fez, seus cargos, conquistas, realizações.
A Liderança do PT no Senado foi a porta de entrada do Diogo em Brasília, vindo de São Paulo. Jovem demais, sonhador como era próprio, mas absurdamente objetivo quando necessário. Dava às coisas a dimensão que tinham, nem mais nem menos.
De forma intensa, brilhante e generosa, Diogo fazia aquilo que nos move, o trabalho como militância, com imensa competência intelectual, em situações massacrantes no que por vezes é o processo legislativo, como as Comissões Parlamentares de Inquérito e as múltiplas tentativas de desconstruir um projeto popular em andamento. E fazia tudo de forma leve, com disposição de debater, ensinar, aprender.
Diogo é desses seres carismáticos, que nos fará carregar sua memória como uma espécie de mantra, como símbolo dos sonhos mais generosos que produzimos.
Nos deixou em um tempo habitado pelo absurdo, no qual precisamos persistir e avançar. Foi um ser humano raro no sentido que só os grandes sabem sê-lo.
Nós, seus amigos e colegas da Liderança do PT no Senado, os que conviveram com ele e os que vieram depois, quando dizemos adeus, consternados e inconformes, o fazemos mantendo a esperança de o que dele ficou em cada um de nós seja equivalente em força, sonhos e esperança.
Senadores do PT e amigas e amigos das assessorias da Liderança e dos Gabinetes.