Dívida líquida do setor público cai para 35,1% do PIB em junho

No final de 2002, a relação dívida/PIB era de quase 60%. No ano, o superávit primário atingiu R$ 65,7 bilhões, o equivalente a 3,06% do PIB.

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (31/07) o resultado consolidado das contas públicas relativo ao mês de junho. O superávit primário, que indica a economia feita pelo governo entre as receitas menos as despesas, exceto o pagamento dos juros, foi de R$ 2,8 bilhões. No ano, o superávit primário atingiu R$ 65,7 bilhões, o equivalente a 3,06% do Produto Interno Bruto (PIB). Já a relação da dívida líquida/PIB, indicador que aponta a solvência do governo brasileiro, ficou em 35,1% do PIB em junho, 0,1 ponto percentual do PIB acima em relação ao mês anterior, mas na comparação anual houve uma queda de 1,3 ponto percentual.

De acordo com o Banco Central, o superávit primário contribuiu com 1,5 ponto percentual do PIB para essa redução. Também contribuíram para diminuir a relação dívida líquida do setor público/PIB o efeito do crescimento da economia e a desvalorização cambial de 7,8% registrada no ano.

Quanto ao pagamento dos juros, o gasto do governo representou em junho R$ 16,1 bilhões, ficando menor do que o gasto de maio quando o valor chegou a R$ 18,7 bilhões. Essa redução foi atribuída ao menor número de dias úteis em junho em relação a maio. Ao observar o comportamento dos juros sobre as contas do setor público no ano, houve uma queda de 0,79 ponto percentual na proporção do PIB, com os juros alcançando R$ 111 bilhões. Essa queda foi resultado da diminuição da taxa de juros Selic e, ainda, pela menor variação registrada pelos índices de preços. Os juros nominais em doze meses, segundo o BC, alcançaram R$ 228 bilhões, o equivalente a 5,33% do PIB.

Veja a íntegra da nota do BC


To top