Seminário do PT

É possível reconstruir o Brasil depois do desmonte neoliberal

“A pandemia reforçou a necessidade da presença do Estado para os mais pobres, para os entes federados, para o setor produtivo. O projeto de reconstrução do País vem em boa hora e auxilia nas diversas frentes de luta para a nova síntese de como dar sequência ao processo civilizatório que foi interrompido com o golpe de 2016”, destacou o senador Rogério Carvalho durante o seminário “Reconstruir e Transformar o Brasil”
É possível reconstruir o Brasil depois do desmonte neoliberal

Foto: Alessandro Dantas

“Reconstruir e Transformar o Brasil” foi o tema de seminário promovido pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e pelo PT nessa segunda-feira (19), para discutir o plano recentemente apresentado pelo partido com propostas contra a crise. O plano traz propostas concretas de ação política para o futuro do Brasil.

O senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT, afirmou que a pandemia reforçou a importância da existência de um Estado forte e organizado para promover as adequações necessárias para o bom andamento e crescimento do País.

“A pandemia reforçou a necessidade da presença do Estado para os mais pobres, para os entes federados, para o setor produtivo. Foi o Estado que garantiu o funcionamento do País. E infelizmente, vemos um governo com movimentos contracionistas, diminuindo o tamanho do Estado e o poder de organização estratégica que o País precisa ter”, disse o senador. “O projeto de reconstrução do País vem em boa hora e auxilia nas diversas frentes de luta para a nova síntese de como dar sequência ao processo civilizatório que foi interrompido com o golpe de 2016”, completou Rogério Carvalho.

Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) destacou que o Partido dos Trabalhadores apresentou soluções para diversos problemas enfrentados pelo País quando venceu as eleições presidenciais e governou o Brasil. Para ele, o plano apresentado pelo PT traz propostas de quem tem experiência para dar respostas aos problemas que o País volta a ter após o golpe.

“Nosso partido sempre trouxe saídas para os problemas do país. Quando estivemos no governo, apresentamos soluções para diversos problemas que se voltam a surgir no Brasil de hoje. Numa sociedade desigual como o Brasil, é o trabalho e a renda que vão trazer dignidade para nossa gente. Precisamos incentivar o consumo, aumentas a produção e fomentar a geração de empregos, inclusive, com investimentos públicos na infraestrutura”, destacou.

É possível reconstruir o Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a participação no Estado na economia como instrumento de desenvolvimento econômico e social. No encerramento do seminário Reconstruir e Transformar o Brasil, realizado pelo Partido dos Trabalhadores e a Fundação Perseu Abramo, Lula denunciou o retrocesso que o país experimenta pela ação lesiva do governo. “É possível reconstruir e transformar o Brasil”, declarou.

Lula denunciou a destruição do Estado brasileiro promovida pelo presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de submeter o país a uma situação vexatória e indigna, desrespeitando os interesses nacionais e colocando a Nação numa situação de completa submissão aos Estados Unidos. Lula denunciou a entrega da Petrobrás, vendida aos pedaços, enquanto o país passa a ser importador de derivados de petróleo.

Manutenção do teto de gastos vai agravar a crise
Ex-ministro da Fazenda e do Planejamento no governo Dilma Rousseff, o economista Nelson Barbosa, denunciou o agravamento da crise econômica e social, caso o governo Jair Bolsonaro mantenha a política de arrocho fiscal a qualquer custo, determinada pelo ministro Paulo Guedes, com o apoio do mercado e do sistema financeiro. “O fim abrupto das medidas emergenciais vai lançar milhões de brasileiros na pobreza e manter outros milhões de pessoas fora do mercado de trabalho”, lamentou.

Barbosa diz que o dogmatismo de Guedes e a insistência no teto de gastos não encontra amparo nem mesmo entre tradicionais organizações ortodoxas, como o Fundo Monetário Internacional. “Até o FMI tem revisto seus dogmas, apontando que todos os países deveriam apostar em transferência de renda e no aumento do investimento público na saída da pandemia, além da tributação dos mais ricos. Vejam, o FMI tem mudado sua posição. Mas, infelizmente, esse tipo de debate não chegou no governo brasileiro”, alertou o ex-ministro. “Em 2021, o país estará com a economia menor do que em 2019”.

Confira a íntegra do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil

Com informações da Agência PT e Rede Brasil Atual

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