É preciso mais educação do que repressão, defende Lindbergh em CPI

É preciso mais educação do que repressão, defende Lindbergh em CPI

Lindbergh: Quem acha que a gente resolve com repressão policial está profundamente enganado. Foto: Alberto César Araújo/ALEAMA comissão parlamentar de inquérito que investiga o assassinato de jovens realizou reunião nesta sexta-feira (4) na Assembleia Legislativa do Amazonas.

O combate ao uso de drogas e o aumento da fiscalização nas fronteiras também foram temas abordados na reunião da CPI. De acordo com dados da Polícia Federal, mais de quatro toneladas de drogas foram apreendidas no Amazonas em 2014. Grande parte entra no estado pela fronteira com a Colômbia, Peru e Bolívia.

Para o relator da CPI, Lindbergh Farias (PT-RJ), mais do que a repressão policial, é preciso investir em educação para combater as drogas.

“Quem acha que a gente resolve com repressão policial está profundamente enganado. Os policiais têm sido vítimas, a sociedade civil tem sido vítima, os jovens têm sido vítimas e nós não estamos resolvendo o problema. É preciso mais educação do que repressão”, declarou o senador.

Homicídios

Os participantes debateram ainda o assassinato de 35 pessoas ocorrido em julho. Os homicídios foram registrados em um único fim de semana na região metropolitana de Manaus.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que presidiu os trabalhos, lamentou a morte dos jovens, a maioria com menos de 26 anos. “Foram 26 jovens entre 18 e 26 anos de idade. Muitos não tinham sequer uma passagem pela polícia. Isso é muito grave e mostra que a juventude é o elo mais fraco da violência no nosso país”, disse a senadora.

Além de representantes da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, participaram dos debates os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e José Medeiros (PPS-MT). 

Com informações da Agência Senado

 

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