fracasso econômico

Economia desacelera desde o primeiro ano de Bolsonaro

O PIB do país em 2019 cresceu 1,1%, na comparação com o ano anterior. Mas o crescimento ficou abaixo do registrado nos dois anos anteriores (1,3%), quando a economia já tinha andado em marcha lenta. Dados desmentem versão vendida por bolsonaristas de que isolamento social foi o grande responsável pelos péssimos índices econômicos
Economia desacelera desde o primeiro ano de Bolsonaro

Foto: Alessandro Dantas

O senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT, se manifestou para rebater defensores do governo Bolsonaro que tentam colar a narrativa de culpa sobre a alta dos preços de itens da cesta básica e da desaceleração da economia brasileira no processo de isolamento social como medida de proteção contra a pandemia de Covid-19.

Rogério Carvalho lembra que a economia brasileira já vinha decepcionando desde o primeiro ano do governo Bolsonaro. O PIB do país em 2019 cresceu 1,1%, na comparação com o ano anterior. Mas o crescimento ficou abaixo do registrado nos dois anos anteriores (1,3%), quando a economia já tinha andado em marcha lenta.

“Quem essa turma das Fake News acha que engana ao tentar dizer que a culpa do aumento nos preços do arroz e feijão é do isolamento social? Vocês acham que os brasileiros mão lembram que Bolsonaro enfraqueceu a economia do país já em seu primeiro ano de governo?”, questionou o senador.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o resultado do PIB de 2019, a economia do Brasil está no patamar de 2013. É a mais fraca recuperação de recessão já registrada no Brasil.

Considerando apenas o quarto trimestre de 2019, a economia brasileira cresceu 0,5% na comparação com o trimestre anterior. O número foi menor que o do terceiro trimestre (0,6%), o que indica que a desaceleração da economia brasileira se iniciou antes mesmo do início da pandemia.

O golpe de 2016 que retirou Dilma Rousseff da Presidência da República, não melhorou em nada a economia. E nem a vida do povo brasileiro. Pelo contrário. As condições de vida da maioria da população não param de piorar.

O país tropeça de pibinho em pibinho, andando de lado desde 2017, e hoje apresenta os principais indicadores sociais com piora progressiva – desde o desemprego, que saiu de 4,3% em 2014 – quando Dilma foi reeleita – para mais de 12,7% em junho de 2020 – uma massa de 13 milhões de desempregados. E 40 milhões de brasileiros hoje não têm renda.

Como se não bastasse, a desigualdade social no país aumentou de maneira indecente. Dados do FGV Social dão a dimensão da piora na concentração de renda no país: do fim de 2014 a junho de 2019, a renda per capita do trabalho dos 10% mais ricos subiu 2,5% acima da inflação. Já a renda do topo da pirâmide social brasileira – os 1% mais ricos – subiu, 10,1% acima do custo de vida no mesmo período. Enquanto isso, o rendimento dos 50% mais pobres despencou 17,1%. A vida da classe média também só piorou. O rendimento de cerca de 40% daqueles que estão situados entre os mais ricos e os mais pobres, caiu 4,2%.

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