Em artigo, New England Journal of Medicine elogia o Sistema Único de Saúde

Documento exalta o Programa Saúde da Família, apresenta o SUS e faz avaliações positivas sobre a saúde pública brasileiraUma das publicações científicas mais importantes e mais prestigiadas sobre medicina em todo mundo, o The New England Journal of Medicine, publicou, nesta semana, um artigo em que apresenta o Sistema Único de Saúde (SUS) e faz avaliações positivas sobre a saúde pública brasileira.

“O Brasil tem feito rápidos progressos rumo à cobertura universal da população através de seu sistema nacional de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS)”, avalia a publicação.

“Como muitos sistemas de saúde, o SUS se esforça para atender às novas necessidades de uma população que envelhece rapidamente e para cumprir o seu mandato constitucional de alcançar o acesso equitativo aos serviços para todos os cidadãos”, diz o texto.

O artigo relembra que todos os serviços de saúde oferecidos pelo SUS são financiados com recursos públicos, inclusive medicamentos. O texto também apresenta informações relevantes sobre o Programa Saúde da Família. Em 1998, segundo dados da publicação, o Brasil contava com mil equipes no programa, incluindo agentes de saúde de 60 mil comunidades que prestavam serviços a 7 milhões de pessoas, o correspondente a 4% da população.

Em 2014, ainda de acordo com o artigo, o número de funcionários passou para mais de 265 mil agentes comunitários da saúde, além de 30 mil equipes de saúde bucal que, juntas, servem 120 milhões de pessoas, ou seja, 62% da população brasileira.

“Numerosos estudos mostraram que a expansão das equipes de saúde de família tem resultado em melhorias na saúde infantil, incluindo reduções grandes e sustentáveis na mortalidade infantil, e, em particular, a mortalidade pós-neonatal por diarréia e infecções respiratórias”, explica o artigo.

“Entre os adultos, a expansão das equipes de saúde da família tem sido associadas à redução da mortalidade por causas cardiovasculares e cerebrovasculares, grandes reduções nas taxas de internação por condições sensíveis ao cuidado ambulatorial, e as taxas reduzidas de complicações de algumas doenças crônicas, como diabetes”, completa o texto.

Mesmo com algumas deficiências,  como uma certa lentidão em questões tecnológicas, o sistema público de saúde brasileiro é, para a publicação, exemplo para as nações. “O mundo pode aprender algumas lições da experiência brasileira”, defende.

“Em primeiro lugar, os cuidados primários com base na comunidade podem funcionar se feitos corretamente. Exige um plano sólido, geração de evidências e projetos-piloto, uma visão de longo prazo, e o compromisso de manutenção financeira e política”, explica o artigo.

“Por fim, a construção de um sistema de cuidados de saúde primários robusto é mais do que um exercício burocrático; no Brasil, tem requerido movimentos sociais e compromisso profissional de longo prazo”, finaliza o texto.

Leia o texto original

Com informações da Agência PT de Notícias

 

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