Alessandro Dantas

Senador Rogério Carvalho defendeu a punição aos participantes de planos golpistas
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), participou do O Grande Debate, da CNN, na noite dessa sexta-feira (28/3). Durante a discussão com o senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), o senador fez coro com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, mas críticas as manobras de aliados do ex-presidente para obstruir a pauta de votações da Câmara dos Deputados na tentativa de forçar a votação do PL da Anistia.
Para o senador, a atitude dos aliados de Jair Bolsonaro tenta colocar a agenda dos golpistas acima dos interesses da população, como o debate sobre a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, que deve beneficiar cerca de 30 milhões de pessoas.
“O que é mais importante? Isentar milhões do IR ou pessoas que cometeram um crime contra a democracia?”, questionou Rogério.
Na oportunidade, o senador Rogério Carvalho ainda aproveitou para rebater as falácias de aliados de Jair Bolsonaro de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem respeitado as regras na aplicação das penas daqueles que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Carvalho entende que o julgamento é individual e baseado na lei e nos tipos penais que foram infringidos naquela data.
“Acho que nós temos um problema maior que aconteceu no Brasil que foi a orquestração de golpe de Estado e que é previsto em uma lei que foi aprovada pelo Congresso Nacional, que é a lei do Estado Democrático de Direito, que prevê uma tipificação de penas para quem atenta contra a democracia”, defendeu.
Por fim, Rogério também rebateu a tese bolsonarista de exagero na dosimetria das penas impostas aos golpistas. O líder do PT lembrou, inclusive, que vários participantes dos ataques as sedes dos Três Poderes firmaram acordos de não persecução penal.
“É importante dizer que mais de 1.200 pessoas foram presas, metade fez acordo de não persecução criminal, a outra metade preferiu ir a julgamento. Dessa metade, 205 dos 497 que foram a julgamento tiveram uma pena de 14 anos e 257 de um ano. Apenas uma pessoa teve pena de 17 anos. Então, eu acredito que a gente precisa deixar a justiça trabalhar”, avaliou.