Saúde pública

Emenda de Jean Paul tenta evitar “terceirização” da saúde

Apresentada por Bolsonaro, Medida Provisória 890 ameaça transferência do atendimento básico para empresas privadas
Emenda de Jean Paul tenta evitar “terceirização” da saúde

Foto: Alessandro Dantas

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) apresentou 17 emendas à Medida Provisória 890/19, que cria o programa Médicos Pelo Brasil, criado pelo governo Bolsonaro em substituição ao programa Mais Médicos. As emendas garantem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e impedem a terceirização do atendimento de saúde básica.

“Queremos impedir a entrega do Sistema Único de Saúde aos interesses empresariais”, justifica Jean Paul. “O SUS é um projeto estratégico para consolidação dos direitos sociais e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e igualitária”. O senador comentou que os interesses de entidades privadas não podem se sobrepor ao direito à saúde pública universal e de qualidade.

Jean Paul denuncia a agenda de Bolsonaro, que busca a terceirização de responsabilidades do Estado pela atenção à saúde, entregando a prestação direta de serviços de atenção primária para planos de saúde. “É de fundamental importância garantir a participação de representantes do Conselho Nacional de Saúde no conselho deliberativo da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde”, aponta.

Ele também apresentou emenda que iguala o valor da bolsa-formação ao valor da bolsa-formação do programa Mais Médicos, instituído pela Lei 12.871, de 22 de outubro de 2013, incluindo as gratificações e adicionais.

O Mais Médicos oferecia bolsa-formação no valor de R$ 11,8 mil. O governo Bolsonaro quer pagar salário de R$ 21 mil no primeiro ano de atuação. O aumento é injustificado.

“Não faz sentido que Médicos pelo Brasil, que tem a mesma finalidade do Mais Médicos, conceder bolsas com valores e jornadas de trabalho diferenciados”, aponta. O programa Médicos pelo Brasil vai custar no mínimo 50% a mais do que o Mais Médicos, implantado pela presidente Dilma Rousseff em 2013.

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