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Enquanto Lula prega a paz, minoria bloqueia estradas pelo Brasil

Brasil registrou pontos de bloqueio em rodovias pelo país na manhã desta segunda. Postura de alguns caminhoneiros destoa, até mesmo, de representante da categoria que reconheceu vitória de Lula
Enquanto Lula prega a paz, minoria bloqueia estradas pelo Brasil

Foto: Ricardo Stuckert

Após a vitória histórica de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais deste ano e um discurso retumbante de pacificação e união nacional, o Brasil registrou algumas manifestações de ódio pelo país.

Caminhoneiros fecharam trechos de rodovias em, ao menos, onze estados e no Distrito Federal. Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou, nesta manhã de segunda-feira (31), 47 bloqueios.

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), mostrou seu estranhamento com a postura de omissão da PRF com os manifestantes que mostraram insatisfação com a decisão da maioria da população nas urnas.

“Alguns bolsonaristas derrotados e desesperados estão causando baderna e tentando bloquear rodovias brasileiras. Mas os dirigentes da PRF seguem se omitindo. Parece que a única preocupação deles era mesmo tentar proibir os eleitores nordestinos de votar”, disse, em referência aos relatos de ações realizadas pela corporação no dia de ontem e que acabou provocando dificuldades para os cidadãos chegarem aos locais de votação.

A PRF informou que vai acionar a Justiça para conseguir a liberação de vias bloqueadas por caminhoneiros. A corporação informou ter acionado a Advocacia-Geral da União (AGU) para apresentar os pedidos à Justiça Federal.

Em nota, o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, informou que não existe qualquer manifestação organizada.

“A categoria reconhece o resultado das eleições realizada no dia de hoje que é fruto da democracia que inclusive essa categoria defendeu em 7 de setembro de 2021 quando as instituições e o Estado de Direito foram severamente atacados”, destacou.

Discurso de união nacional
O presidente eleito disse, ainda na noite de ontem, que a partir de 1º de janeiro de 2023, irá governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras numa demonstração de busca pela reconciliação do Brasil. Postura completamente contrária à do atual presidente.

“Somos um único país, um único povo, uma grande nação”, completou Lula, que pregou a união dos brasileiros. “É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos. (…) Este país precisa de paz e de união”, disse Lula.

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