A economia global sentiu o impacto da pandemia de Covid-19 neste ano de 2020. Mas, infelizmente, o Brasil tem outro inimigo que tem ajudado a arruinar os índices econômicos. A dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes tem mostrado um resultado pífio no que se refere a gestão da economia diante da grave crise sanitária. Quem sofre com os desmandos do atual governo é o povo mais pobre.
Puxado pela alta nos preços dos alimentos e das passagens aéreas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, avançou 0,86% em outubro, acima da taxa de 0,64% registrada em setembro. Trata-se da maior alta para o mês desde 2002.
A maior variação (1,93%) e o maior impacto (0,39 ponto percentual) na inflação vieram do grupo alimentação e bebidas.
Como se o aumento da inflação não bastasse, o desemprego é outro problema que aflige a população. Com um recorde de 13,8%, no trimestre até julho, o desemprego deve demorar ao menos até 2022 para voltar ao patamar de antes da pandemia da covid-19, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Em um ano, o total de postos extintos supera os 11,5 milhões. A taxa de desemprego, de 13,8% no trimestre encerrado em julho, ou 13,1 milhões de pessoas, foi a pior desde que a pesquisa foi iniciada, em 2012. No trimestre até julho do ano passado, a taxa era de 11,8%. O cenário para 2021 pode ser ainda pior com o fim do pagamento do auxílio emergencial.
“Os equívocos do governo Bolsonaro somados aos efeitos da pandemia deixam o povo brasileiro em uma situação ainda mais frágil perante a crise”, disse o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.
Outro dado importante e que mostra o impacto do golpe de 2016 é o baixo índice de investimento. Na década que se encerra em 2020, segundo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o Brasil terá registrado queda média de 2,2% ao ano nesse quesito.
O fraco desempenho dos investimentos se concentrou de 2014 em diante, período a partir do qual a economia brasileira enfrentou uma dura recessão até 2016 e coincide com a sanha golpista dos grupos que não aceitaram os resultados das eleições presidenciais que reelegeram Dilma Rousseff.
Agora em 2020, além das decisões ruins tomadas pelo atual governo, a economia também passou a ser impactada pela pandemia.
“Essa é apenas mais uma das consequências do golpe de 2016, que tirou o Brasil dos trilhos e acabou com toda a credibilidade que demoramos anos para construir”, apontou o senador Humberto Costa (PT-PE).