Escândalo do Metrô de SP: documento traz iniciais de quem recebeu suborno

O documento revela o caminho do dinheiro, que teria beneficiado integrantes da Secretaria de Energia, na época chefiada por Andrea Matarazzo.

Um documento apreendido na sede da Alstom, na França, indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse em 1998 um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época) com a estatal na gestão de Mário Covas (PSDB), informa a edição desta segunda-feira (20) do jornal Folha de S. Paulo. 

O documento apreendido revela detalhes da divisão e do caminho do dinheiro. Segundo o papel, a Secretaria de Energia, chamada de “SE”, recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente, informa o jornal.

“À época da assinatura do contrato, em abril de 1998, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo, que ocupou o cargo por seis meses. Ele nega ter recebido propina. O documento menciona os destinatários do suborno por meio de siglas. “SE” era a forma como a Alstom chamava a Secretaria de Energia em comunicações internas, segundo papéis do inquérito da PF. As diretorias são designadas pelas siglas DF, DT e DA”, afirma a Folha.

Veja a íntegra da reportagem da Folha de S. Paulo aqui

 

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