Escolas públicas terão lousa eletrônica e leitor em braile a partir de 2012

Uma lousa eletrônica e um leitor em braile são as novidades tecnológicas que serão distribuídas nas escolas públicas do País a partir do ano que vem. Durante o seminário Gestão de Compras Governamentais – a Experiência da Educação, realizado nesta semana, em Brasília (DF), uma exposição apresentou os aparelhos, que serão adquiridos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

Na exposição, a presidenta Dilma Rousseff, acompanhada de outras autoridades, mostrou interesse pelos equipamentos. “Eu fiquei impressionada com a chamada lousa digital que, na verdade, é uma lousa por internet. Talvez seja bem melhor do que uma lousa digital, porque em tempo real ela te assegura acesso a um banco de dados que, de outra forma, você não teria de forma tão automática”.

A lousa eletrônica é composta de um receptor e uma caneta, que, acoplados ao projetor Proinfo (computador interativo utilizado em escolas públicas), permitem ao professor trabalhar os conteúdos disponíveis em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador. O diretor de tecnologia do FNDE, José Guilherme Ribeiro, acredita que o equipamento é complementar ao ensino. “Com a tela projetada, o conteúdo se torna interativo e o professor pode escrever, desenhar, fazer notas, salvar todo o conteúdo e enviar para os alunos por meio digital”, explica.

Outra novidade apresentada durante a Exposição é o protótipo de um leitor em braile, que permitirá que alunos com deficiência visual escrevam e ao mesmo tempo ouçam o que escrevem. A ferramenta tem uma câmera digital que captura as imagens de um livro ou jornal, por exemplo, e transforma a imagem em texto em braile, gerando o áudio correspondente. O equipamento tem ainda um visor pelo qual o professor poderá acompanhar o trabalho do estudante.

“Fiquei muito impressionada com a política para o deficiente. Acho que aquele equipamento para leitura pelo deficiente, pelo cego, ele é uma abertura do mundo para aqueles que sofrem, talvez, de uma das coisas mais terríveis, que é a cegueira. E, ao se abrir para o mundo, é como se eles enxergassem novamente. Então eu vi, na verdade, um olho para os livros, que eu acredito que pode revolucionar a vida das pessoas”, ressaltou a presidenta.

A presidenta afirmou na visita que haverá um “esforço enorme” para que os equipamentos sejam adquiridos. “São produtos essenciais para os alunos e professores e com certeza contribuem para a educação”, disse.

Blog do Planalto

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