Ex-ministro e ex-secretário de FHC condenam Moro por “condução coercitiva” de Lula

Ex-ministro e ex-secretário de FHC condenam Moro por “condução coercitiva” de Lula

Gregori e Maierovich apontam estranheza e busca de pirotecnia de MoroA notícia saiu no site da BBC Brasil – e fogem da mesmice da cobertura que os sites dos jornais brasileiros vem dando à “condução coercitiva” determinada ex-presidente Lula determinada pelo juiz Sérgio Moro, na verdade, uma ação arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A absurda decisão do Moro, como inúmeras que vêm pontuando a operação Lava Jato desde seu início há dois anos, recebeu nesta sexta-feira a condenação de dois juristas, cujo ponto em comum é o de terem servido ao governo de Fernando Henrique Cardoso.

Em entrevista à BBC, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Direitos Humanos, José Gregori afirmou:

“Não conheço na nossa legislação a figura da …condução coercitiva sem que tenha havido antes a convocação. A praxe tem sido sempre essa: você convida a pessoa a comparecer e, se ela não comparecer, então na segunda vez vem a advertência de que ela poderá ser conduzida coercitivamente. Logo a condução coercitiva é um exagero. E na realidade o que parece é que esse juiz (Sergio Moro) queria era prender o Lula. Não teve a ousadia de fazê-lo e saiu pela tangente.”

O ex-secretário Nacional Antidrogas, Walter Maierovitch, também, condenou o processo der pirotecnia que tem marcado a atuação de Moro, dos procuradores da República e da Polícia Federal na operação Lava Jato

“Acho que buscas e apreensões são atividades normais em investigação. Agora, o que eu eu estranho, como jurista, é a condução coercitiva do Lula. É algo surpreendente e preocupante”, notou.

“Essa vergonha está acontecendo no país é uma coisa que precisa ser apurada, mas me preocupa quando tem um desvio de legalidade”, reforçou.

Ele diferencia o caso desta sexta-feira da convocação do Ministério Público de São Paulo, da qual Lula recorreu para não comparecer semanas atrás, quando não havia decisão judicial. Segundo Maierovitch, o MP não tem autoridade prevista em lei para fazer esse tipo de convocação, de modo que Lula podia não atender ao pedido para falar.

To top