De acordo com o Ministério da Agricultura, a Rússia é o principal destino das exportações brasileiras de carnes suína e bovina. No ano passado, por exemplo, os frigoríficos locais – e não esses 89 novos – venderam 303 mil toneladas de carne bovina in natura, contribuindo com a receita de US$ 1,2 bilhão para a balança comercial. Em carne suína, foram exportados em 2013 cerca de 134 mil toneladas, o que gerou uma receita de US$ 412 milhões. Ainda segundo o Ministério, os produtos agropecuários exportados para ao país europeu garantiram o ingresso de US$ 2,72 bilhões na balança comercial brasileira.
O processo de liberação de novos frigoríficos aptos a exportar para a Rússia começou durante a 82ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), realizada no final de maio deste ano em Paris, na França. O ministro Neri Geller manteve entendimentos com o chefe do Serviço Veterinário da Federação Russa, Serguey Dankvert, quando trataram da importância do monitoramento do serviço sanitário brasileiro como garantidor da sanidade do produto exportado. Foi tratado ainda o envio de listas de potenciais fornecedores de carne para a Rússia. Naquela ocasião, Dankvert demonstrou sua satisfação com as relações comerciais com o Brasil e indicou que o potencial era intensificar essa parceria.
No dia 14 de julho, a presidente Dilma Rousseff recebeu no Brasil o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os dois presidentes assinaram diversos acordos bilaterais, nas áreas de economia, defesa, tecnologia, energia e produção de vacinas. Um dos principais termos dos acordos previa o aumento das trocas comerciais entre os dois países ao patamar de US$ 10 bilhões anuais.
Nos últimos dias 5 e 6 de agosto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou uma missão técnica na Rússia e isso rendeu a aprovação de frigoríficos vistoriados pelo Serviços de Inspeção Federal (SIFs) para a comercialização de miúdos (rim, fígado, coração, intestino) e a oficialização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de lácteos para a União Aduaneira (UA), formada pela Rússia, Bielorússia e Casaquistão. Também foi apresentado um protocolo com as exigências fitosanitárias da UA para exportação de trigo da Rússia para o Brasil.
Com informações do Ministério da Agricultura