“Estamos orientando, também, que nossa |
O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, afirmou em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (4), após reunião da Executiva Nacional, que o foco da luta política do partido é a realização do plebiscito ainda neste ano como forma de levar adiante as vozes das ruas pedem mudanças no sistema representativo. “Para nós o plebiscito é a forma mais direta de afirmar a soberania popular e também é a maneira mais indicada para democratizar o estado brasileiro”, disse.
Falcão acredita ser possível, sim, realizar um plebiscito ainda neste ano para produzir efeitos já a partir de 2014. Para que seja realizado, o PT continuará defendendo a Reforma Política com a coleta de assinaturas e colocando como uma bandeira definitiva a realização de uma assembleia nacional constituinte exclusiva para a reforma política. “Ainda que se realize o plebiscito como nós esperamos e que ele produza resultados para 2014, nós achamos que é importante fazer um debate mais amplo com a população. E esse debate seria efetivo se pudermos elegermos representantes com mandatos específicos para aprofundar a reforma que se faça agora”, defendeu.
Segundo ele, o PT considera como pontos importantes da reforma política, além do financiamento público das campanhas eleitorais e das listas partidárias elaboradas democraticamente, a ampliação dos mecanismos de participação popular. Isso seria possível com a simplificação dos mecanismos hoje contidos na Constituição Federal para iniciativa popular, referendo, plebiscito e aumento do alcance desses instrumentos como, por exemplo, da possibilidade da iniciativa popular propor emendas constitucionais.
“Estamos orientando, também, que nossa militância participe das mobilizações do dia 11 de julho, principalmente para que além da pauta do movimento sindical, possamos propagandear a reforma política já e o plebiscito já”, anunciou.
Fórum Nacional de Lutas
Rui Falcão anunciou que na próxima semana o PT se reunirá com várias entidades da sociedade civil, dos movimentos sociais e sindical, OAB e CNBB e com partidos para reconstituir o que já existiu no Brasil, o Fórum Nacional de Lutas, “para que a gente possa nesse processo de debate da reforma política e dos pactos propostos pela presidenta Dilma poder avançar em questões como a reforma urbana, da melhoria da educação e saúde e da reforma tributária, já que boa parte dos impostos recaem hoje sobre os salários e a produção. É preciso que a tributação possa incidir mais efetivamente sobre grandes rendas e grandes fortunas”, afirmou.
Apoio incondicional à Dilma
Rui disse que durante a reunião da Executiva, as lideranças estaduais, municipais, da juventude, do Senado, da Câmara, por exemplo, reafirmaram total apoio à presidenta Dilma por saber que ela representa a liderança principal nesse processo lançado de um pacto a favor pelo Brasil. “Reconhecemos algo que pode ter passado despercebido, mas uma entrevista do sociólogo Manuel Castell, que disse ter sido a presidenta Dilma a única chefe de estado que em meio a manifestações de rua teve a grandeza política de receber os representantes. Isso não ocorreu nem na Europa e nem nos países árabes e tampouco nos Estados Unidos”, observou.
Segundo ele, o amplo processo de diálogo proposto pela presidenta é um bom caminho para fortalecer as demandas e que os movimentos sociais e os partidos políticos possam, também, respaldar as mudanças que estão sendo apresentadas.
Marcello Antunes
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