Agência Brasil

Os dados do desemprego em março mostram que o mercado de trabalho segue aquecido
A taxa de desemprego no Brasil chegou a 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, a menor taxa já registrada para este período desde o início da série histórica da PNAD Contínua. O recorde anterior havia sido atingido em março de 2014 (7,2%). Os dados divulgados nesta sexta-feira (30/4) pelo IBGE confirma o cenário positivo de aquecimento do mercado de trabalho, apesar da variação sazonal, uma vez que houve oscilação positiva de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2024. Mesmo assim, a taxa ainda está abaixo dos 7,9% registrados no mesmo trimestre móvel de 2024. O IBGE também registrou o rendimento médio chegou a R$ 3.410, o maior valor da série histórica.
Os resultados estão diretamente relacionados ao conjunto de políticas de fomento à atividade econômica e valorização do trabalhador implementadas pelo governo Lula. As estratégias têm favorecido tanto a manutenção quanto a criação de postos de trabalho, permitindo que o mercado laboral brasileiro apresente dados consistentes mesmo em períodos tradicionalmente mais desafiadores, caso do início de ano.
“O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, aponta a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, em depoimento à Agência de Notícias do instituto.
Rendimento médio renova recorde
Como se não bastasse o desemprego em baixa, os trabalhadores brasileiros alcançaram um rendimento médio de R$ 3.410 no primeiro trimestre de 2025, estabelecendo novo recorde histórico desde o início da série em 2012. O crescimento foi de 1,2% em relação ao trimestre anterior e expressivos 4,0% na comparação com o mesmo período do ano passado. No recorte por setor, destacam-se os aumentos trimestrais nos rendimentos dos trabalhadores do setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (alta de 4,1%, equivalente a mais R$ 85) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (aumento de 3,2%, representando mais R$ 145).
Na comparação anual, cinco setores registraram crescimento significativo nos rendimentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,5%, adicionando R$ 111); Construção (5,7%, acrescentando R$ 141); Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,1%, somando R$ 189); Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,1%, também com mais R$ 189); e Serviços domésticos (3,6%, representando R$ 45 adicionais). Os demais segmentos econômicos mantiveram rendimentos estáveis no período.
A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) festejou os resultados em suas redes sociais. “Renda do trabalhador mais alta e desemprego em baixa, esse é o compromisso do governo Lula com o país”, destacou Natália.