A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), comemorou nessa terça-feira (26) mais uma vitória contra a perseguição jurídica da qual é alvo há, pelo menos, quatro anos. O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou supostas “provas” colhidas durante uma busca e apreensão no apartamento funcional da senadora em 2016, que tinha como alvo o ex-ministro Paulo Bernardo. Elas foram consideradas ilegais e não poderão ser utilizadas na investigação. A decisão do STF, assim, evidenciou o caráter arbitrário e persecutório de medidas tomadas por parte da Justiça contra a senadora.
“A corrupção tem que ser investigada e punida, mas não pode ser objeto e desculpa para a perseguição política por parte daqueles que querem condenar sem provas. Gostaria muito de registrar que hoje tivemos uma vitória do Direito sobre o arbítrio”, afirmou em discurso no Senado.
Gleisi aproveitou para comemorar a liberdade concedida pela segunda turma do STF ao ex-ministro José Dirceu. Ele cumpria execução provisória da pena no âmbito da operação Lava Jato. A maioria dos ministros entendeu, porém, que estavam previstos os requisitos para concessão da cautelar, uma vez que há chance real de redução da pena de Dirceu a partir dos recursos apresentados por sua defesa aos tribunais superiores questionando a condenação pela segunda instância e a execução provisória da pena.
Ao comentar a liberdade de José Dirceu, Gleisi cobrou que a mesma justiça seja feita ao ex-presidente Lula. “Não posso deixar de registrar que nosso presidente Lula ainda se encontra no pântano da injustiça. Ele tinha um julgamento marcado para hoje na segunda turma do STF de um recurso protocolado em abril contra a condenação pelo TRF-4”.