“O que ocorre no Rio de Janeiro faz parte daquilo que tem sido feito pelo governo em todo o País. O desmonte do Estado brasileiro voltado ao bem-estar social e como indutor do desenvolvimento. No Rio de Janeiro a situação é mais grave ainda. Perde-se os royalties do petróleo, receitas com impostos decorrentes de toda cadeia da indústria de petróleo e gás fundamental para o estado. Estão acabando com a política de conteúdo nacional e o Rio de Janeiro é o primeiro a sentir isso”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann.
Nesta sexta-feira, a líder da Bancada do PT no Senado Federal participou de eventos no Rio de Janeiro, onde criticou o descaso com que o atual governo tem tratado diversos setores produtivos do País. Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Gleisi participou do seminário Lutas e Conquistas da Mulher Brasileira na Sociedade Brasileira. No mesmo dia, a senadora também participou de ato em defesa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Gleisi denunciou a política do governo que pretende inviabilizar as operações do banco de fomento. “A ideia do governo é fazer com que o banco não tenha mais dinheiro para emprestar ao setor produtivo brasileiro. O banco já devolveu mais de R$ 100 bilhões, tem outros R$ 100 bilhões em caixa, a economia no chão e o banco não faz empréstimos para o desenvolvimento de empresas e a geração de empregos. É um absurdo a condução da política econômica”, criticou.
A senadora lembrou o papel fundamental do banco na geração de 20 milhões de empregos durante as gestões do presidente Lula e da presidenta Dilma e no fortalecimento da cadeia nacional de produção. “É triste ver o que acontece, por exemplo, com a Petrobras. Desenvolvemos a indústria naval no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e, agora, estamos contratando plataformas da China. Voltamos à época do FHC, acabando com o conteúdo nacional”, lamentou.
Desmonte da educação
A senadora ainda mostrou preocupação com a possível perseguição aos professores por parte do governo pelo movimento de resistência da categoria contra a retirada de direitos, principalmente, a proposta de reforma da Previdência.
“Manifestou respeito a resistência e a luta dos professores. Não está sendo fácil. É o desmonte da universidade. Os professores estão sendo considerados os inimigos número um do Estado. Esse desmonte é o caminho que as universidades devem trilhar daqui em diante pelo descompromisso do atual governo”, disse.
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