A política econômica do governo Bolsonaro continua punindo a população brasileira e corroendo seu poder de compra. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2021 a 10,06%.
No começo de 2022, a tendência de alta dos preços se mantém. Estudo mensal divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na última semana, mostra que a inflação de janeiro foi sentida pelos brasileiros mais pobres como o equivalente a quase o dobro da sentida entre os mais ricos.
No primeiro mês do ano, o avanço dos preços atingiu 0,63% para as famílias com renda considerada muito baixa. Enquanto isso, as famílias com renda alta tiveram inflação de 0,34% no mesmo período, diz o Ipea.
“O governo Bolsonaro castiga com força os mais pobres. Os dados apresentados mostram com clareza a falta de empatia da equipe econômica com aqueles que, hoje, estão enfrentando dificuldades até para se alimentar no Brasil”, criticou o senador Paulo Rocha (PA), líder da bancada do PT.
A alta entre os mais pobres foi influenciada especialmente pela carestia de alimentação e bebidas. O segmento respondeu por quase metade da inflação do grupo com menos recursos (0,31 ponto percentual).
Em janeiro, houve aumentos em produtos como cenoura (27,6%), laranja (14,9%), banana (11,7%) e batata (9,7%), além das carnes (1,3%), do café (4,8%) e do óleo de soja (1,4%).