Ao destacar ao plenário, nessa terça-feira (2), o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2015/16, do Governo Federal, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ressaltou que os investimentos dos governos petistas no setor agropecuário, nos últimos anos, têm propiciado o crescimento expressivo do setor no País. Segundo a parlamentar, esse desenvolvimento tem permitido que estados como o Paraná – um dos maiores produtores nacionais de grãos – experimentem um período sucessivo de crescimento econômico. No entanto, a fase de bonança é contrária ao que vem tentando fazer o governo do Estado, segundo Gleisi.
“Eu li, durante essa semana, alguns comentários sobre a política do Paraná, dizendo que o Paraná está crescendo mais do que o Brasil e que isso, portanto, é um mérito do Governo do Estado, que tem investido no seu desenvolvimento. Primeiro, o Governo do Estado não tem investido no desenvolvimento do Paraná. Na realidade, investiu para quebrar o Paraná”, disse a senadora.
Ela lembrou que o Estado é um dos mais endividados do Brasil, convivendo com uma queda expressiva de arrecadação tributária e um volume de despesas crescente. “Então, o que está segurando a economia do Paraná é a agricultura, é o agronegócio, graças a uma política nacional de sustentação da agricultura brasileira”, explicou.
Desde 2002, último ano do governo Fernando Henrique, o volume de recursos do Governo Federal para apoiar o setor cresceu 1.095,5%, com taxas de juros mais baixas que as praticadas pelo mercado. Ao todo, o Plano Agrícola e Pecuário disponibilizará R$ 187,7 bilhões em crédito aos produtores rurais, com taxas de juros de, no máximo, 8,75%. Como a taxa Selic, atualmente, é de 13,25%, o Tesouro Nacional cobre a diferença. Esse aporte possibilita desde o custeio da produção (como a compra de sementes) ao investimento em máquinas agrícolas de última geração.
Gleisi participou da elaboração de três desses planos enquanto foi ministra da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma. A senadora acredita que os resultados do agronegócio paranaense e brasileiro são “extraordinários e crescentes” – no primeiro trimestre deste ano, o setor cresceu mais de 4% – e se devem aos esforços dos produtores nacionais, mas também à parceria e ao incentivo que vem sendo dado pela União.
“Eu não tenho dúvidas de que o que faz a economia do Paraná hoje girar é a agricultura, é o agronegócio. E é possível fazer isso porque tem uma política nacional de incentivo agrícola, uma política nacional que ajuda os nossos agricultores, o que não é nenhum mérito, infelizmente, do governo do Estado, que deveria estar investindo em assistência técnica [para os produtores rurais], melhorando a qualidade dos produtores, sendo parceiro do Governo Federal”, explicou a parlamentar.
Carlos Mota
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