A Secretária-Executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, Kelli Mafort, destacou a retomada da agenda positiva de inclusão das mulheres no país. Segundo ela, o programa Asas traz uma contribuição fundamental para o olhar da sociedade sobre os jovens, especialmente as jovens.
“Temos uma geração que talvez seja a maior concentração geral de jovens, com 45 milhões de pessoas entre 15 a 29 anos, e as mulheres são a metade desse público. Por isso, pensar política para esse segmento é fundamental, pois ele acaba sendo colocado em situação de extrema vulnerabilidade. E o Asas tem perspectiva de ajudar na capacitação, para que elas possam se apropriar em áreas ditas como masculinas. Precisamos de mentes femininas ocupando esses espaços”, defendeu.
Defesa pela lei da Igualdade Salarial
Cida Gonçalves comentou a decisão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que entraram em conjunto com uma Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI), no Supremo Tribunal Federal (STF), para impedir que a Lei da igualdade salarial entre homens e mulheres seja cumprida.
“Isso é uma clara evidência de misoginia e eles querem nos voltar para o fogão, lavar roupas. Nós queremos o poder, queremos ser deputadas, prefeitas, chefes de grandes empresas. Precisamos colocar os movimentos sociais, a sociedade nas ruas e nas redes. Se for preciso nós vamos ao STF. Faço esse chamamento às mulheres para que estejam nessa defesa porque o que queremos é trabalho igual, e salário igual, e que a lei seja implantada”, pediu a ministra.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e a senadora Augusta Brito (PT-CE) também participaram do evento. “Estaremos com o Ministério, a CUT, e com os movimentos sociais para não permitir o retrocesso da lei do salário igual. É lamentável vermos setores poderosos que ingressaram no STF contra esta lei.”, afirmou Rosário.
Fóruns com a sociedade civil
Houve também a instalação de quatro fóruns que contam com a participação da sociedade civil:
- Fórum Nacional para a Elaboração de Políticas Públicas para as Mulheres do Movimento Hip-Hop;
- Fórum Nacional Permanente para Diálogo da Promoção de Estratégias de Fortalecimento de Políticas Públicas para as Mulheres Quilombolas;
- Fórum para Promoção de Estratégias e Fortalecimento de Políticas Públicas de Autonomia Econômica e Cuidados com Mulheres da Pesca, Aquicultura Artesanal e Marisqueiras; e
- Fórum Nacional Permanente de Enfrentamento à Violência contra Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas.
Parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura
O evento marcou ainda a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) “Mulheres pescando autonomia e igualdade”, que teve a participação do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. O Acordo tem por objetivo fortalecer as organizações de pescadoras artesanais por meio de políticas públicas que estimulem a produção e promovam a valorização do trabalho, além de assegurar a autonomia econômica e a igualdade de direitos, visando a cidadania plena dessas mulheres.