O trabalho de reconstrução nacional encabeçado pelo presidente Lula completou o primeiro mês e já vem apresentando resultados positivos na área econômica. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 3,37% em janeiro passando de 109.734 pontos para 113.430 pontos. Atingiu 104.166 pontos na mínima do mês, em 3 de janeiro, e 114.270 pontos na máxima, em 25 de janeiro.
Se o Ibovespa subiu, o dólar seguiu no sentido oposto. O dólar comercial saiu de R$ 5,28 para R$ 5,08 em janeiro, o que representa uma queda de 3,83%. A moeda norte-americana registrou R$ 5,45 na máxima do mês, em 3 de janeiro, e R$ 5,07 na mínima, em 25 de janeiro.
Já na virada de fevereiro, na última quinta-feira (2), a moeda norte-americana chegou a R$ 4,94, na mínima do dia, menor patamar desde 10 de junho de 2022, quando atingiu R$ 4,98.
Na avaliação do senador Humberto Costa (PT-PE), a capacidade de articulação política do presidente, aliada à equipe ministerial construída para gerenciar as estruturas de gestão foram fundamentais para que números expressivos pudessem ser obtidos logo no início do mandato de Lula.
“Lula montou um time muito forte de ministras e ministros experientes e capacitados. Além disso, as decisões que tivemos que tomar em conjunto nesse primeiro mês de governo demonstraram o compromisso do Congresso com a união e o crescimento do Brasil”, disse. “A reconstrução do Brasil já começou e o trabalho já começa a dar bons resultados”, completou Humberto.
Para o professor José Luis Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), as análises econômicas não devem desconsiderar fatores políticos. “É basicamente o resultado da percepção que presidente Lula está reunindo condições de governabilidade”, afirmou. “O comportamento do dólar nas últimas semanas reflete a derrota completa do bolsonarismo. Assim, parte da incerteza política é resolvida”.
De acordo com dados do Banco Central, o fluxo cambial de janeiro foi positivo em US$ 4,198 bilhões. Desse modo, a entrada de investimentos estrangeiros no país colaborou para a valorização do real frente ao dólar. “O aumento do investimento externo está relacionado com a posse de um governo que não é visto como pária internacional. Houve uma clara mudança de atitude em relação à questão da preservação da Amazônia, por exemplo”, afirma Oreiro.
A mudança de governo também já refletiu mudanças positivas nos resultados da balança comercial. Em janeiro, o país exportou US$ 2,716 bilhões a mais do que importou – melhor saldo para o mês desde 2006.
Ao todo, o Brasil vendeu US$ 23,137 bilhões no mês passado para o exterior e comprou US$ 20,420 bilhões. O valor das exportações subiu 11,7% em relação a janeiro do ano passado e, com isso, o país obteve um novo recorde nas vendas nacionais para janeiro desde o início da série histórica, em 1989.
O aumento das exportações deve-se mais ao volume comercializado do que aos preços internacionais das mercadorias. Ou seja, o que cresceu foi o total de produtos exportados: 9,5% em comparação com janeiro do ano passado.
“[Vamos] garantir que o Brasil possa prosseguir assim em todas as áreas. Exportando não só grãos, não só commodities, mas também produtos acabados, que ajudam a criar empregos dentro do país. Esta é uma missão dada pelo presidente Lula para o setor público e, também, em entendimento com o setor privado. Ou seja, a garantia de que a gente tenha um crescimento sustentável. Esse resultado de janeiro é mais confiança no Brasil”, disse o ministro Wellington Dias.
Com informações de agências de notícias